22 de novembro de 2024
Atos anti-democráticos

Prisão de bolsonarista Cacique Tserere provocou terrorismo em Brasília

Vídeos que circulam pela internet mostram verdadeiros motins próximos a direção da sede da PF
Cacique Tserere (Foto: Reprodução)
Cacique Tserere (Foto: Reprodução)

Pelo menos vinte ônibus foram queimados e diversos veículos de passeio foram danificados e até queimados em Brasília na noite desta quinta-feira (12/12) enquanto extremistas que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) tentavam invadir a sede da Polícia Federal. 

Os atos vândalos foram uma resposta a determinação do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes em prender o Cacique Teserere que também é pastor evangélico e ganhou representatividade nos movimentos golpistas que ganharam força desde o resultado do segundo turno das eleições.

José Acácio Serere Xavante tem 42 anos é nascido no Mato Grosso e apoia o presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o portal Uol é sócio do Instituto de Promoção Educacional e Social do Araguaia e da Associação Indígena Bruno Omore Dumhiwe e fundador da Missão Tsihorira & Pahoriware – Mitsipe.

Desde que as eleições se encerraram, Tserere ganhou representatividade no meio bolsonarista, sempre organizando atos contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), bem como ataques contra ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral.

O cacique chegou a dizer que Lula não havia sido eleito e que Alexandre de Moraes era um “bandido”. Nas últimas horas, Tserere chegou a se auto-proclamar “general” com a “benção” de bolsonaristas presentes. No seu discurso inflamado, chamou o presidente do TSE de “vagabundo”, “bandido” e “ladrão”, entre outros intempéries. 

Tserere foi preso e a desordem começou. O movimento não gostou nenhum pouco. Vídeos que circulam pela internet mostram verdadeiros motins próximos a direção da sede da PF.

Com a reação da Polícia Militar do DF (PMDF) que usou spray de pimenta para espantar os bolsonaristas, alguns chegaram até reclamar. “Eles se curvaram ao sistema. A gente achava que os policiais estavam nos defendendo, mas agora, estão protegendo o nove dedos”, disse um manifestante em um áudio que circula num grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro no Whatsapp que o Diário de Goiás tem acesso.

De acordo com a CNN, a assessoria de Lula (PT) chegou a cogitar mudar o presidente eleito do Hotel que está hospedado em Brasília. O local é próximo onde os vândalos estavam fazendo arruaça. No entanto, de acordo com a emissora, a situação veio a arrefecer e os petistas decidiram por ora, declinar e permanecer onde está.


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