07 de agosto de 2024
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Primeiro debate entre prefeitos de Goiânia tem ritmo de treino e críticas à atual gestão

Primeiro debate entre candidatos tem ritmo de treino em Goiânia
Primeiro debate entre candidatos tem ritmo de treino em Goiânia

O primeiro debate entre os candidatos que almejam chegar à Prefeitura de Goiânia em 2021 teve ritmo de treino entre os prefeitáveis. Promovido pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) e transmitido por seus canais nas redes sociais, os participantes tiveram a oportunidade de debater, pela primeira vez, suas propostas e condições para a capital goianiense. 

Apesar da maior parte do tempo o clima ter sido brando e tranquilo entre os candidatos, o tom subiu em alguns poucos momentos com algumas espetadas à candidatos que teoricamente não cumpriam os seus mandatos até o fim e já migravam de cargos, bem como críticas à atual gestão da prefeitura de Goiânia, sob a batuta de Iris Rezende (MDB). 

É que Virmondes Cruvinel, candidato do Cidadania, começou sua fala dizendo que se eleito, cumpriria o seu mandato até o fim. “Não vou sair para ser governador em 2022”, pontuou no princípio da sua fala. Depois, deu nome aos bois: se referia à Vanderlan Cardoso. “Eu fico preocupado se o candidato Vanderlan vai cumprir realmente os 4 anos de mandato”, disparou. A pauta era sobre o futuro da capital no período pós-pandemia.


Quando teve seu tempo de fala aberto, Vanderlan não deixou o comentário passar batido. “Virmondes, o senhor é deputado estadual, né? Porque o senhor não acredita na sua vitória? O senhor vai renunciar se ganhar?”. 

Por fim, disse que seu objetivo era mesmo o executivo já que isso ‘está em seu sangue’. “Tô preparadíssimo para governar Goiânia. Em tudo que eu faço, eu acredito. Muitos me chamam de maluco. Tenho seis anos pela frente, dizem que o Senado é o paraíso. Mas o executivo tá no sangue.”

‘Gestão incompetente’

O deputado estadual Alysson Lima, do Solidariedade, não poupou críticas à Iris Rezende. Já em sua apresentação disse que Goiânia estava atrasada. Contou parte de sua história dizendo que chegou na capital para trabalhar com jornalismo há 15 anos e pouca coisa havia mudado desde então. Ao contrário, os retrocessos eram muitos. Por tabela, criticava Maguito que estava à poucos metros. “O prefeito que o senhor defende tem se revelado um incompetente na administração pública municipal”, disse disse direcionando à fala ao candidato emedebista.

Alysson terminava uma fala sobre transporte público. “Mobilidade urbana não é só ônibus e as pessoas não entendem isso. Iris falou que o transporte é maravilhoso especialmente nas periferias. Falei com o Caiado [governador] e ele disse que transporte coletivo não era dever do Estado resolver.”

Por tabela, Vanderlan crítica Iris

Quando Maguito (MDB) questionou Vanderlan sobre o que faria com relação à saúde, também ressaltou que Iris investiu mais do que à Constituição estabelecia para o poder público gastar. “O prefeito Iris Rezende investiu 19% em saúde durante o seu mandato. Saúde é caro. Mas o prefeito investiu mais que a constituição obriga. Não tivemos nenhum escândalo com relação a saúde em Goiânia, graças ao pulso firme do prefeito Iris Rezende. Qual o seu projeto?” 

Entre os dois minutos de resposta, Vanderlan disse que nunca precisou gastar mais que os 15% destinados à saúde em suas gestões. O motivo? Ele sabe fazer gestão. “Eu nunca investi mais para fazer uma saúde que nós fizemos acima de 15%. Não é falta de recursos. Como nunca investi mais de 25% na educação. Basta que tenha gestão, planejamento e os recursos sejam muito bem aplicados”, pontua. 

O debate

Conduzido pelo jornalista Rubens Salomão, o debate teve três blocos. No primeiro, os candidatos puderam fazer suas considerações iniciais. No segundo, responderam perguntas de diretores e representantes do setor comercial e industrial, enquanto no terceiro puderam fazer perguntas e responder entre eles mesmos. 

Houve um cuidado sanitário haja vista às condições impostas em consequência da pandemia do novo coronavírus. Os candidatos ficaram em divisórias translúcidas, porém, sempre ficavam em pé e saiam da ‘cabine’ que teoricamente, foi feita para protegê-los, já que no palco, estavam sem máscaras. Para os que estavam na plateia, os devidos cuidados com o distanciamento social foram tomados e muito álcool em gel estava à disposição.


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