23 de dezembro de 2024
Destaque • atualizado em 04/03/2020 às 05:37

Primeira reunião entre motoristas e empresários do transporte coletivo termina sem acordo

Segue indefinida situação entre motoristas e SET. (Foto: Arquivo DG)
Segue indefinida situação entre motoristas e SET. (Foto: Arquivo DG)

Terminou sem acordo a primeira reunião entre motoristas de empresários do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia. A audiência de mediação entre o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (SindColetivo) e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Goiânia (SET) foi realizada na manhã desta quinta-feira (27), no Ministério Público do Trabalho (MPT).

Apesar de ainda não haver acordo, a reunião foi considerada proveitosa. O SET ainda não havia emitido parecer sobre os mais de 50 itens na proposta de acordo coletivo do SindColetivo, mas se comprometeu a analisar profundamente todos os pontos e se posicionar no próximo encontro, marcado para o dia 10 de março.

Segundo o presidente do SindColetivo, Sérgio Araújo, o SET classificou como absurda a proposta inicial, citando a atual conjuntura econômica do país. Porém, ele está otimista. “As negociações estão abertas. Eles deram um passo positivo”, avaliou. “Tem que haver uma definição o mais breve possível, e eles fizeram esse compromisso”, pontuou.

O SindColetivo pediu ao MPT que marque a próxima audiência para o auditório do órgão ministerial. A intenção é que a categoria possa comparecer para acompanhar as negociações. Ainda não há definição sobre o local. Araújo diz que é importante que os motoristas compareçam e critica a postura dos empresários.

“As empresas estão fazendo uma lavagem cerebral para coagir o trabalhador a não participar dessas audiências. Dizem que a crise financeira é grande, que está difícil”, afirmou. “Eles vêm deteriorando o transporte coletivo ao longo dos anos e colocando isso em cima do trabalhador”, completou.

Araújo destacou que deseja um desfecho o mais breve possível e reiterou que, caso não haja acordo, o caminho natural seria a apreciação de um indicativo de greve em assembleia. “Não temos compromisso com delongas. A categoria está unida. Se não sentarem e negociarem o que deseja o trabalhador, infelizmente vamos para o combate paredista”, disse.


Leia mais sobre: / / / Cidades / Destaque