12 de setembro de 2024
Acima da meta • atualizado em 29/07/2024 às 18:04

Previsão de inflação para 2024 aumenta de 4,05% para 4,10%

A estimativa do mercado financeiro para 2024 está acima da meta de inflação, mas ainda dentro de tolerância, que deve ser perseguida pelo Banco Central
Apesar de estar acima da meta de inflação, a estimativa para 2024 ainda está dentro de tolerância que deve ser perseguida pelo BC. Foto: Reprodução
Apesar de estar acima da meta de inflação, a estimativa para 2024 ainda está dentro de tolerância que deve ser perseguida pelo BC. Foto: Reprodução

A previsão da inflação oficial do Brasil em 2024 subiu de 4,05% para 4,10%. A expectativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi divulgada no Boletim Focus desta segunda-feira (29), pelo Banco Central (BC).

Apesar de estar acima da meta de inflação, a estimativa para 2024 ainda está dentro de tolerância que deve ser perseguida pelo BC. A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Já para 2025, a projeção da inflação subiu de 3,9% para 3,96%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente. A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua, assim, o CMN não precisará mais definir uma meta de inflação a cada ano. 

Em junho deste ano, o colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. No mesmo mês, influenciada principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, a inflação do país chegou a 0,21%, após ter registrado 0,46% em maio. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 12 meses, o IPCA acumula 4,23%.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e o aumento das incertezas econômicas fizeram o BC interromper o corte de juros iniciado há quase um ano. Na última reunião, em junho, por unanimidade, o colegiado manteve a Selic nesse patamar após sete reduções seguidas.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. O índice ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 no patamar que está hoje, em 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 9,5% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida, novamente, para 9% ao ano, para os dois anos.

Com informações da Agência Brasil


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