A projeção para o crescimento da economia este ano foi reduzida de 2,4% para 2,1%, informou nesta quarta-feira (11) a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, no boletim MacroFiscal.
Na terça-feira (10), o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, havia adiantado que a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) ficaria acima de 2%.
Rodrigues disse que a revisão para baixo das projeções de crescimento da economia e a queda nos preços internacionais do petróleo deverão fazer o governo contingenciar (bloquear) parte do Orçamento. Com a economia crescendo abaixo do previsto, o governo arrecada menos, o que obriga o contingenciamento de gastos discricionários (não obrigatórios) para cumprir a meta fiscal de déficit primário de R$ 124,1 bilhões neste ano.
“Há incertezas sobre o impacto que a queda no petróleo e a desaceleração no crescimento global podem produzir sobre a economia brasileira. É importante destacar que o cenário de crescimento para este ano tornou-se mais desafiador. Estamos monitorando de perto os desdobramentos do Covid-19 e a recente queda no preço do petróleo e reafirmamos que a melhor resposta ao novo cenário é perseverar com as reformas fiscais e estruturais”, diz o boletim.
Petróleo e coronavírus
De acordo com a secretaria, os impactos do coronavírus sobre a economia brasileira em 2020 estão dentre de um intervalo de menos 0,1 ponto percentual a menos 0,5 ponto percentual, com o cenário provável de redução de 0,3 ponto percentual no resultado do PIB.
Além do impacto do coronavírus, a secretaria destaca a redução no preço do petróleo, influenciada pela redução da demanda internacional pelo produto e a guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia.
*-Com informações da Agência Brasil
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