A prestação de contas do primeiro quadrimestre de 2025 da gestão do prefeito Sandro Mabel (UB) apontou destinação de 19,02% da receita corrente líquida para ações e serviços públicos de saúde. O valor supera em 4,02 pontos percentuais o mínimo constitucional exigido, que é de 15% da receita municipal.
A primeira prestação de contas da gestão Mabel foi apresentada nesta quinta-feira (29), pelo prefeito, na Câmara Municipal de Goiânia. Conforme o documento, elaborado pela Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), a receita total arrecadada nos primeiros quatro meses de 2025 foi de R$ 2,23 bilhões, o que representa um crescimento nominal de 4,25% em relação ao mesmo período de 2024.
A Saúde da capital foi um dos pontos de principal atenção para a nova gestão, que assumiu a administração com dívidas e uma crise de grandes proporções. Em entrevista ao Diário de Goiás, em janeiro deste ano, o secretário de Finanças Valdivino Oliveira afirmou que a Saúde de Goiânia tinha, à época, um déficit de R$ 500 milhões acumulado.
Detalhamento geral
Conforme os dados apresentados pela Receita, descontada a inflação de 5,53%, o aumento real de arrecadação em comparação com o mesmo período do ano passado foi de 8,27%. Outro destaque foi o crescimento de 15,90% nas transferências do Sistema Único de Saúde (SUS), que passou de R$ 261,7 milhões em 2024, para R$ 303,3 milhões neste ano.
No comparativo das receitas correntes, o município arrecadou R$ 3,3 bilhões no 1º quadrimestre de 2025, frente aos R$ 2,88 bilhões registrados em 2024, uma alta nominal de 14,47%. No mesmo período, a despesa total caiu 7,47% em relação ao ano anterior. Considerando apenas os valores empenhados em 2025, a redução chega a 18,23%.
A prestação de contas detalhou ainda o desempenho fiscal do município no primeiro quadrimestre de 2025, que foi marcado por um superávit orçamentário de R$ 705 milhões, o maior já registrado neste período em toda a história de Goiânia. O resultado primário, que considera a diferença entre receitas e despesas, excluindo pagamento de juros da dívida e receitas e despesas do RPPS, foi de R$ 156 milhões.
De acordo com a Sefaz, a economia obtida é resultado de uma série de medidas de contenção, como redução de despesas com pessoal, revisão de contratos, suspensão de licitações e criação do Comitê de Controle de Gastos Públicos.
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