O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (27) que pretende tomar uma decisão definitiva na semana que vem sobre a permanência ou a saída do país do Acordo de Paris sobre o clima.
Assinado em 2015 por 200 países, o tratado é considerado a principal iniciativa global no combate às mudanças climáticas.
Nesta sexta-feira (26), o republicano ficou isolado na discussão sobre o clima durante a cúpula do G7, grupo que reúne as sete maiores economias desenvolvidas, na Sicília.
Os líderes de Alemanha, França, Canadá, Itália, Japão e Reino Unido pressionaram os Estados Unidos a não abandonar o Acordo de Paris.
A declaração final do encontro diz que Washington “não está em posição de se juntar ao consenso” sobre as mudanças climáticas.
“Toda a discussão sobre o clima foi muito difícil, para não dizer muito insatisfatória”, declarou neste sábado (27) a chanceler alemã, Angela Merkel. “Não há indicações sobre se os Estados Unidos permanecerão no Acordo de Paris ou não.”
Durante a campanha eleitoral do ano passado, Trump classificou o aquecimento global de “farsa” e ameaçou retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris. O governo de Barack Obama foi um dos principais fiadores do tratado.
Uma eventual saída dos Estados Unidos comprometeria as metas do acordo -o país se comprometeu a reduzir de 26% a 28% as emissões de gases do efeito estufa até 2025. Os Estados Unidos são o segundo maior emissor de gás carbônico do mundo, só atrás da China.
Desde que chegou à Presidência, Trump tem sido criticado por relaxar controles ambientais e estimular a indústria do carvão. Sua proposta de Orçamento, que está sendo debatida no Congresso, corta recursos da Agência de Proteção Ambiental.
(FOLHA PRESS)
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