22 de novembro de 2024
Reajuste • atualizado em 17/02/2022 às 22:45

Pressionado, Caiado anuncia que vai pagar novo piso para professores

O aumento será válido para profissionais que ganham o piso, enquanto aqueles que ganham acima terão outras variáveis
Caiado anuncia o reajuste para professores
Caiado anuncia o reajuste para professores

Com pressão dos servidores da Educação, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) anunciou nesta quinta-feira (17/02) que vai pagar o novo piso para os professores da rede estadual de educação fixado em 33,23%. “Quero anunciar aos goianos que independentemente com o que for decidido em âmbito nacional. Já conversei com os senhores prefeitos e prefeitas que o Estado de Goiás vai pagar o novo piso salarial aos professores”, pontuou em vídeo publicado nas redes sociais.

O aumento será válido para aqueles que ganham o piso, enquanto aqueles que ganham acima terão outras variáveis. “Mais do que isso, vamos também conceder um reajuste que varia de 5,3% até 7,4% para os professores que já ganham acima do piso.” Com a medida, 26.305 servidores, entre ativos e aposentados, terão reajuste e os vencimentos serão de R$ 3.845,63 para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. 

Outros 17.412 profissionais da educação já recebem acima do piso nacional e terão reajuste salarial com índices de 7,43% (Professor III) e 5,30% (Professor IV). Desde que o aumento foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro, governadores e prefeitos vem sendo pressionados para decretarem o aumento. Em Goiás, não foi diferente.

De acordo com o Governo o impacto na folha de pagamento do Estado, incluindo ativos e aposentados, é de R$ 41,2 milhões por mês e R$ 494,4 milhões ao ano. Entre os profissionais que receberão o piso, serão contemplados 189 efetivos, 16.089 com contratos temporários e 10.027 aposentados. Os demais docentes ligados à Secretaria de Estado da Educação (Seduc) já receberam mais que o salário inicial da categoria e também terão os salários reajustados conforme anunciado. 

Para a secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli, o reajuste era necessário mas o Governo enfrentava dificuldades para viabilização. “A gente teve de fazer escolhas. Escolhemos fazer a valorização da carreira”, declarou ao ressaltar que a medida foi tomada apesar de impor dificuldades financeiras e orçamentárias ao Estado. Para regulamentação dos aumentos salariais, um projeto de lei com a nova tabela de vencimentos será encaminhado à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). 

O reajuste de 33,24% do piso nacional foi anunciado no fim de janeiro pelo governo federal. Na sequência, o Governo de Goiás instaurou uma comissão para averiguar a viabilidade da adoção do reajuste. A comissão foi composta por equipes das Secretarias de Estado da Educação, da Economia e de Administração (Sead) e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). 


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