14 de agosto de 2024
Cidades

Presos estelionatários que tinham 26 empresas de fachada movimentou mais de R$ 8 milhões

O grupo Antirroubo a Bancos deflagrou uma operação policial que desarticulou uma organização criminosa interestadual especializada em crimes tributários.

A sonegação de impostos como, Imposto de Renda/ ICMS/ ISS e IOF, por meio da utilização de um complexo sistema de lavagem de capitais e falsificação de documentos.  Para a prática de crimes foram criadas várias empresas de fachada em Goiânia.

Foram presos Jadir Martins Borges Junior, Bruno Carvalho Borges, Rogério Batista dos Santos e Donizete Jose Ferraz que teriam se associado a um grande empresário do estado de São Paulo, com intuito de transferir diversos valores relacionados a transações financeiras da empresa BMP UTILIDADES DOMÉSTICAS S.A. no estado de São Paulo, para pelo menos 26 (vinte e seis) empresas de fachada criadas na cidade de Goiânia, para o recebimento desses valores de forma ilícita.

Essas empresas de fachada passavam a ser devedoras de diversos impostos decorrentes das transações comerciais próprias da empresa lavadora, bem como pagavam diretamente as contas da empresa lavadora. Em contrapartida, tendo em vista a grande movimentação financeira nas contas-correntes das empresas de fachada, os investigados aumentavam o limite de crédito de suas empresas, o que possibilitava inúmeros empréstimos bancários, obtenção de cartões de crédito de alto limite e emissão de inúmeros talões de cheque, que não eram evidentemente saldados. Conforme informações das instituições financeiras apenas no ano de 2016 essa organização criminosa movimentou a quantia de cerca de R$ 8.000.000,00 (oito milhões de reais).

Essa organização criminosa aliciava, em regra, garotas de programa, para figurarem como “laranjas” das empresas de fachada, em troca de uma remuneração mensal.

Os investigados foram presos em flagrante na sede do escritório da organização criminosa, localizado no shopping Plaza D’oro, no setor Eldorado, em Goiânia, onde também funcionava uma empresa de fachada.

Com os investigados foram apreendidos diversos documentos relacionados as empresas fantasmas, inúmeros cheques em branco assinados pelos “laranjas”, inúmeros cheques devolvidos por falta de crédito, inúmeros cartões de créditos, todos com bandeiras de alta linha, e máquinas de passar cartão.

O investigado Rogério Batista dos Santos esta foragido, já tendo sido representado por sua prisão preventiva. Os investigados serão indiciados pelos delitos de formação de organização criminosa, crime tributário, falsidade ideológica, lavagem de capitais e estelionato. 


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