09 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 09:30

Preso padre suspeito de abuso sexual contra adolescentes

Um padre foi preso nesta quarta-feira (16), durante a Operação Sacrilégio. A prisão foi determinada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) após pedido do Ministério Público (MP-GO) por suspeita de abuso sexual contra jovens que moram em Americano do Brasil.

O padro responde pela paróquia de Caiapônia, onde foi preso. O homem foi encaminhado para Anicuns, onde presta depoimentos ao MP-GO.

Além do mandado de prisão, cumprido pelo promotor Danni Sales Silva, com apoio do Centro de Inteligência (CI) do Ministério e das Polícias Militar e Civil, foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa do padre. No local foram apreendidos computador, arquivos de mídia, pen drive e um celular.

De acordo com o MP-GO, o religioso é suspeito de possuir e armazenar produtos e conteúdos que contenham cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. Com a operação deflagrada, o Ministério pretende investigar se houve também o crime de estupro de vulnerável, que é praticado com menores de 14 anos.

Ainda segundo o MP-GO, alguns jovens teriam denunciado os abusos sofridos pelo padre, assim como amigos e familiares que tomaram conhecimento das histórias. “Alguns dos abusos ocorreram dentro da casa paroquial de Americano do Brasil”, informou o órgão.

Depoimentos

Conforme o relato das vítimas, o homem utilizava estratégias para seduzir e convencer os adolescentes a aceitar o abuso. Uma das vítimas, que hoje tem 17 anos, informou que aos 14 teria procurado o padre para se confessar por ter perdido a virgindade e estar arrependida.

Questionada se queria recuperar a virgindade e se aceitaria o “procedimento”, a jovem disse que “sim”. Em seguida, Iran teria orientado a vítima ir para casa, tomar banho e retornar à paróquia. A jovem informou ao promotor que o padre teria dito que faria um procedimento de “santificação” e que ela voltaria a ser virgem.

No entanto, o homem pediu que a adolescente tirasse a roupa e teria tocado nas partes íntimas da vítima. Os contatos íntimos teriam continuado em outras ocasiões, principalmente durante encontros religiosos. “Nessa ocasião, o padre teria explicado à jovem que iria tocá-la para conferir se ‘havia voltado a ser virgem’”.

Ainda durante o depoimento, a jovem informou que teria trocado mensagens por celular com o homem. Para continuar o processo de santificação, a moça deveria enviar fotos de seu corpo sem roupas para comprovar o “resultado” do procedimento.

“Essa troca de mensagens foi objeto do registro em uma ata notarial em cartório, medida aconselhada por uma amiga da garota, e também de uma medida judicial de interceptação telemática, que comprovou as conversas”, destacou o MP-GO.

Também em 2014, outra jovem teria sido abusada pelo padre, quando tinha 21 anos de idade, com práticas semelhantes.

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