Um jovem que estava no interior do Espírito Santo foi alvo de um mandado de prisão preventiva esta semana suspeito de abuso sexual virtual de um adolescente de 11 anos, residente em Goiás. A prisão foi efetuada pela 2ª Delegacia de Polícia de Catalão – 9ª DRP, com o apoio da Polícia Civil do Espírito Santo.
Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO) o investigado é João Lucas Lima dos Santos, de 26 anos, preso na quinta-feira (18) na cidade capixaba de Cariacica. A operação teve foco na proteção da infância e adolescência.
“O suspeito é investigado pela prática reiterada de crimes tipificados no art. 240, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), cuja prisão é o desfecho de investigação realizada após o registro de ocorrência que detalhava que um adolescente, de 11 anos de idade, foi induzido a enviar imagens e vídeos íntimos sob ameaça”, registrou a PCGO.
As investigações revelaram um sofisticado e cruel meio de praticar o crime. O suspeito utilizava múltiplos números de telefones e perfis falsos em redes sociais, inclusive se passando por mulheres como “Amanda” ou “Eduarda”, para fazer contato com crianças e adolescentes.
Conforme a polícia, após iludir as vítimas, ele solicitava o envio de material sexualmente explícito e, diante da recusa, ameaçava divulgar o conteúdo já obtido, forçando os alvos a cederem às suas exigências.
Durante as investigações, a equipe policial conseguiu identificar o suspeito João Lucas como o autor envolvido em diversas ocorrências. “Foi constatada a existência de registros de crimes semelhantes em São Paulo e um histórico de assédio sexual a menor de idade no Espírito Santo, datado de 2018”, informou a corporação.
Um Mandado de Prisão preventiva foi solicitado e concedido contra o jovem. Após a prisão em Cariacica, ele foi encaminhado ao sistema prisional do Espírito Santo, ficando à disposição da Justiça de Goiás.
A PCGO destacou que a divulgação da identidade do investigado encontra amparo na Lei nº 13.869/2019 e na Portaria nº 547/2021/DGPC, sendo autorizada por despacho fundamentado da Autoridade Policial responsável pelo inquérito policial. A intenção é identificar eventuais coautores, partícipes ou testemunhas, bem como outras possíveis vítimas que possam trazer novas informações à investigação.
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