24 de agosto de 2024
Cidades

Preso homem que se passava por policial da DEIC

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Weber Quintino dos Santos foi preso por policiais civis de Jaraguá nesta quinta-feira (23). As informações iniciais do caso são de que um grupo de investigadores almoçava em um restaurante às margens da Rodovia BR-153, na Zona Rural do município, quando, na fila do self-service, um homem bem vestido se aproximou de um policial e afirmou ser policial civil de Goianésia.

Segundo a Polícia Civil, o homem questionou quem era o delegado titular de Jaraguá e, imediatamente, o policial apontou a autoridade policial, Glênio Ricardo Costa, que ali também estava. Quando os policiais se sentaram à mesa, o indivíduo se aproximou com o prato na mão e chamou a autoridade policial pelo nome. O delegado o cumprimentou. O indivíduo pediu para se sentar à mesa alegando trabalhar na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).

O homem acrescentou estar a serviço da DEIC em Jaraguá, pois investigava um caso de roubo de cargas. Imediatamente, a autoridade policial suspeitou da veracidade da história, pois, em regra, quem investiga esse tipo de crimes é a Delegacia Especializada em Roubo de Cargas (Decar).

Em seguida, o delegado Glênio perguntou com quem ele trabalhava na DEIC. O indivíduo alegou trabalhar com a delegada Mayana Rezende. Essa afirmação reforçou as suspeitas da autoridade policial de Jaraguá, pois que a delegada Mayana foi transferida da DEIC. Posteriormente, o delegado Glênio perguntou ao homem quem era a autoridade policial titular da DEIC, ao que o homem afirmou ser o delegado Paulo Sérgio. Novamente, a informação não correspondia à verdade, pois a autoridade policial titular da DEIC é o delegado Valdemir Pereira, mais conhecido como “Branco”.

Como a autoridade policial de Jaraguá conhecia todos os cartórios da DEIC, pois lá estivera lotado antes de sua remoção para a cidade de Jaraguá, pediu ao indivíduo sua carteira funcional. Espantado, o indivíduo confessou não ser policial civil.

Em seguida, a autoridade policial mandou que ele se retirasse da mesa. Imediatamente após os fatos, os policiais civis passaram a monitorá-lo ainda no posto de combustíveis e, após ele sair com um outro indivíduo em um veículo Nissan March de cor branca, os investigadores realizaram uma perseguição tática operacional e conseguiram interceptar o veículo na barreira da Polícia Rodoviária Federal da BR-153.

Após busca pessoal, os dois ocupantes do veículo foram identificados como sendo Weber Quintino dos Santos, o qual se passou por policial civil, junto a uma segunda pessoa. Realizada busca veicular, foi encontrado, em uma pequena mochila de propriedade de Weber, uma pistola Taurus modelo 59S no calibre 380 cujo número de registro estava com data de validade vencida há mais de um ano. No carregador da arma havia 19 munições intactas. 

Weber foi questionado se possuía, além do registro vencido, o porte legal da arma, ao que ele respondeu negativamente. Em razão disso, foi-lhe dada voz de prisão em flagrante. Também foi encontrado, nos pertences do autuado, um distintivo emborrachado do Grupo Tático 3 (GT-3) da Polícia Civil, além de dois coldres.

Histórico

Ao levantar as informações de Weber, foi detectado que enquanto estudava Direito na Faculdade Universo, passava-se por policial civil da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc). Na delegacia, ele alegou ser estudante de Direito e possuir parente policial.

Weber foi autuado por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e pelo artigo 45 da Lei de Contravenções Penais, por fingir ser funcionário público. Não restou configurada nenhuma participação da pessoa que acompanhava Weber.

Redação do DG, com informações da Polícia Civil.


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