23 de dezembro de 2024
Em Goiânia

Garoto de programa suspeito de matar professor usou cabeça da vítima para tentar usar aplicativo de banco

Caso repercutiu na internet pela forma macabra como o suspeito usou e deixou o corpo da vítima
José Henrique Soares também é suspeito de diversos crimes de furtos e estelionato. (Foto; reprodução/PCGO)
José Henrique Soares também é suspeito de diversos crimes de furtos e estelionato. (Foto; reprodução/PCGO)

A equipe do GREF-DEIC da Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu, na última segunda-feira (25), um garoto de programa, de 22 anos, identificado como José Henrique soares, por suspeita de matar um arquiteto e professor mestre universitário, de 64 anos. De acordo com as autoridades, Henrique usou a cabeça da vítima, já sem vida, para tentar fazer reconhecimento facial em um aplicativo de banco, em Goiânia.

Segundo a Polícia Civil, os policiais foram acionados pelo setor se segurança do banco após receberem fotos da tentativa de validação em que um braço aparecia erguendo o rosto da vítima.

Os policiais civis apuraram o ocorrido e encontraram, nas imediações do prédio em que morava a vítima no setor Oeste, um homem, que foi abordado e mentiu sobre sua identidade, porém, os policiais descobriram seu verdadeiro nome, José Henrique Soares, sendo ele suspeito de diversos crimes de furtos e estelionato.

Acompanhados de uma zeladora do prédio e do suspeito, que nada reportou sobre o crime, os policiais civis subiram até o apartamento da vítima, encontrando as chaves em uma caixa de prumada daquele andar, e constataram estar a porta da suíte trancada. Após arrombarem a porta do quarto, o corpo da vítima foi encontrado no banheiro, com um crucifixo na mão e uma corda em volta do pescoço, cena forjada pelo autor para simular um suicídio.

De acordo com o delegado do caso, Daniel Oliveira, o suspeito confessou ter matado o arquiteto e efetuado tentativas de movimentações bancárias, transferência via PIX para sua conta e compras com o cartão da vítima. Na tentativa de acessar uma das contas do arquiteto, ele tentou concluir a validação biométrica com o uso de imagens da face da vítima.

Em posse de um cartão de crédito da vítima, José Henrique saiu do apartamento ao amanhecer e fez compras e tentativas diversas em um camelódromo no setor Campinas, bem como esteve em sua própria residência, no Jardim Esmeralda. Informou que, após as compras e depois de deixar os objetos em casa, teria retornado para o local do crime com o intuito de simular o encontro do cadáver, acionando a polícia sobre um suposto suicídio, o que não conseguiu porque foi interpelado pela Polícia Civil na calçada do prédio da vítima.

A divulgação das imagens e identificação do preso ocorre em razão da fundada possibilidade de seu envolvimento em outros crimes, dado seu histórico criminal e a gravidade dos presentes crimes, observando-se, pois, os limites impostos pela Lei 13.869/2019 e Portaria 547/2021.


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