21 de agosto de 2024
Cidades

Preso estudante de Direito que revendia celulares roubados em camelódromo de Goiânia

Cerca de 50 celulares foram encontrados com o receptador (Foto: Samuel Straioto- Diário de Goiás)
Cerca de 50 celulares foram encontrados com o receptador (Foto: Samuel Straioto- Diário de Goiás)

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Yves Henrique, de 19 anos, foi preso pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) pela revenda de celulares furtados e roubados em um camelódromo no Centro de Goiânia. O jovem, que é estudante de Direito, confessou a prática do crime.

A prisão de Yves ocorreu na última quinta-feira (8). Desde dezembro do ano passado, ele revendia os aparelhos de origem ilícita. Seria um dia como outro qualquer, mas o estudante foi pego justamente no momento em que ele fazia a revenda de um aparelho roubado.

No instante em que ocorria a ação policial, ele tentava modificar as características do aparelho, adulterando algumas configurações para que tudo ficasse dentro da “legalidade”.

“O Yves adquiria aparelhos subtraídos de roubo e de furto, com conhecimento que estes produtos eram ilícitos e fazendo adulteração destes aparelhos, ou seja, resentando-os. Inclusive na hora da prisão ele estava modificando um aparelho, comprovando que ele fazia toda uma adulteração e revendia este aparelho como se fosse novo ou usado, inclusive com preço do mercado para pessoas de boa fé que iam lá e compravam, mas ficavam em posse apenas de um recibo e não da nota fiscal”, explicou a delegada Karla Fernandes.

A responsável pela investigação detalhou que em depoimento, Yves admitiu e confessou que tinha conhecimento que os aparelhos tinham origem ilícita. Ela destacou que quem comprou os aparelhos também não deixa de ser receptador, mesmo que tenha adquirido de boa fé.

“A orientação da Polícia Civil é que aparelhos não sejam comprados em local em que não há garantia, loja que dá recibo não tem a sua legalidade. O aparelho tem que ter nota fiscal”, reforçou Karla Fernandes.

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A policial disse que Yves tinha vários fornecedores, que iam até o Camelódromo e deixava os aparelhos com ele. Essas pessoas também serão investigadas e podem ser presas. Os aparelhos eram vendidos na faixa de R$ 3 mil. Yves disse em depoimento que geralmente comprava pela metade do preço e vendia por preço de mercado.

 A delegada lamenta pelo fato de ser um estudante de Direito, de estar conhecendo as leis para praticar crimes. “Infelizmente é uma pessoa que já está no conhecimento das nossas leis, das nossas falhas e punições. Acredito que ele confessou, pois é atenuante, diminui a pena, facilita a investigação, mas demonstra que a pessoa agia na ilegalidade”, completou.

Karla Fernandes explicou que um ponto que poderia dificultar que criminosos utilizem o camelódromo para praticar ações ilícitas seria uma maior fiscalização por parte da Prefeitura de Goiânia, pois segundo informações colhidas pela Polícia Civil parte dos comerciantes estão em situação ilegal no espaço.

A Polícia Civil apreendeu cerca de 50 celulares que estavam em posse de Yves. 10 proprietários já foram identificados e poderão ter o aparelho de volta. Os equipamentos serão remetidos a 1ª Delegacia Regional e posteriormente para os distritos policiais de áreas, para que seja mais fácil a devolução aos donos. Com Yves a polícia ainda aprendeu R$ 3,147 mil.


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