Na manhã da última quinta-feira (26), a Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (DENARC), prendeu um suspeito de vender cogumelos alucinógenos e outros produtos derivados para todo o Brasil. Segundo as investigações, o suspeito fazia a venda por meio de redes sociais simulava as mercadorias que eram enviadas pelos Correios para todo o País.
De acordo com a investigação, o suspeito faturava cerca de R$ 50 mil por mês com a comercialização das substâncias proscritas e cobrava R$ 2,5 mil por cada atendimento realizado. A investigação, que se iniciou há aproximadamente seis meses também apurou que o investigado, que se autointitula guia espiritual e terapêutico, ministrava os cogumelos e demais produtos derivados em cerimônias religiosas como uma suposta forma alternativa de tratamento de depressão, ansiedade e outros transtornos mentais.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão domiciliar em endereços vinculados ao investigado, sendo localizado grande quantidade de cogumelos mágicos in natura e moído, além de chocolates e frascos contendo cápsulas da substância ilícita. Em um dos endereços, que é um escritório de advocacia que pertence ao pai do investigado.
Em uma sala locada pelo suspeito, funcionava uma espécie de laboratório que, além de armazenar a maior parte do material apreendido, era usado para manipulação, encapsulamento e produção dos produtos derivados do cogumelo alucinógeno. O material foi apreendido e encaminhado à Superintendência da Polícia Técnico-Científica e, após a confirmação da presença da substância proibida, o conduzido foi autuado em flagrante pelo crime do art. 33. da Lei 11343/06.
Os cogumelos mágicos, como são conhecidos, contêm a substância psilocibina, um poderoso alucinógeno que é proibido no Brasil de acordo com a portaria nº 344/98 da ANVISA.
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