RIO DE JANEIRO, RJ, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro), Jonas Lopes, foi levado coercitivamente pela Polícia Federal para depor nesta terça-feira (13). A ação é realizada em conjunto com o Ministério Público Federal.
Os investigadores deflagraram nesta terça a Operação Descontrole, que visa apurar crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Lopes foi citado em delação do sócio da Carioca Engenharia, Ricardo Pernambuco Junior. Ele afirmou que o presidente do TCE-RJ cobrou uma propina de R$ 1 milhão, dividida em cinco parcelas.
Executivos da Andrade Gutierrez também mencionaram um pedido do ex-secretário de Governo Wilson Carlos, preso na operação Calicute, de propina adicional de 1% sobre alguns contratos para evitar problemas em auditorias.
As informações sobre as delações foram reveladas pelo jornal “O Globo” no dia 18 de novembro e confirmadas pela Folha de S.Paulo.
Além de Lopes, outras duas pessoas foram levadas para depor coercitivamente e 40 policiais cumprem dez mandados de busca e apreensão. Todos os mandados foram expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
A Operação Descontrole é um desmembramento dos trabalhos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, que conta com uma força-tarefa própria desde junho.
A ausência de apurações aprofundadas nos órgãos de controle do Rio foi alvo de repreensão do juiz federal Marcelo Bretas, ao decretar a prisão de Cabral.
“Tais situações, apesar de aparentemente terem passado desapercebidas pelos órgãos de controle estaduais, a partir de agora serão objeto da merecida atenção pela Justiça Federal, a partir da atuação isenta e diligente do MPF e com o apoio efetivo da PF”, escreveu o magistrado, na decisão que determinou a prisão de Cabral, no mês passado.
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