21 de dezembro de 2024
Crise na frente ampla

Presidente do PV em Goiás reclama falta de diálogo do PT com os partidos da federação

Cristiano Cunha destaca que hoje o partido está na base do governo Caiado e quer mais transparência para definir futuro em Goiás
Presidente do PV em Goiás, Cristiano Cunha (Foto: Divulgação)
Presidente do PV em Goiás, Cristiano Cunha (Foto: Divulgação)

O presidente do PV em Goiás, Cristiano Cunha não está contente da maneira como o PT tem conduzido os diálogos com as legendas que compõem a federação para a disputa das eleições de 2022. Cunha destaca que a reunião aconteceu há exatamente duas semanas e de lá para cá, não houve novos contatos. Ao contrário, viu o Partido dos Trabalhadores reforçar a pré-candidatura de Wolmir Amado, apesar do PSB – que não está inserido na configuração apesar de aliado – ter apresentado o ex-tucano José Eliton. Também reclama que não houve avanços na definição da chapa majoritária.

“Na reunião foi levantada a questão do Wolmir como candidato ao Governo, levantamos até a questão do apoio ao PSB numa conversa com o Elias Vaz. O PT tem até o final de maio, se não me engano, dia 28 ou 29 para definir essa questão. Me causa estranheza o PT informar e tomar uma decisão de forma unilateral sem consultar a federação, pelo menos nós do PV e a Isaura do PCdoB não fomos consultados, onde eles já falam que o PT já fez uma reunião e tomou a decisão de que o candidato é o Wolmir e que não iriam apoiar o candidato do PSB”, destacou ao Diário de Goiás em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira (09/05).

A falta de definição preocupou Cristiano que foi até ao diretório nacional do partido consultar como andava a homologação da federação. Se era possível até caminhar independentemente das outras legendas, haja vista que o PV hoje está na base de sustentação da atual gestão estadual. “Hoje estamos na base do governador Ronaldo Caiado e precisamos dessa posição nacional que é o que estamos aguardando para ver se a gente caminha com o Ronaldo Caiado ou teremos o candidato da federação porque está muito estranha essa conversa”, explicou. 

De acordo com Cunha, não há resistências aos nomes de Wolmir Amado tampouco de José Eliton, mas o presidente do PV se incomoda com a falta de diálogo nos corredores petistas. “Eu estou sentindo que o PT tá independente, toma as decisões, não conversa nem consulta com ninguém da federação. Não discutimos sobre outros detalhes da composição majoritária. O PT fala do candidato Wolmir”, postula indagando sobre como ficará a configuração dos partidos nas eleições. “E os candidatos ao Senado? E quem será o vice na composição? Precisamos sentar e discutir isso. O PV tem candidato ao Senado. O PCdoB também tem candidato ao Senado.”

Aparando as arestas, o PV não teria dificuldade aos nomes colocados pela federação, mas defende maior diálogo e transparência. “O Wolmir nunca foi candidato, acho que a federação tem de dar mais uma analisada nessa questão do nome dele”, pontua reforçando uma pré-disposição ao nome do ex-tucano. “O PV não tem nenhuma objeção ao nome do José Eliton. Porque o PV já caminhou com o Marconi Perillo e esteve em 2018 na base do José Eliton. Não temos nenhuma dificuldade com ele”, conclui.


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