21 de novembro de 2024
Saúde • atualizado em 04/09/2024 às 16:31

Presidente do Ipasgo apresenta em audiência mudanças no funcionamento do serviço e rebate críticas

Deputados criticaram a possível retirada de 10 mil servidores que utilizam o plano de saúde por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
Após a apresentação, a sessão presidida pelo deputado Talles Barreto (UB) abordou questionamentos de deputados. (Foto: Will Rosa/Portal Alego).
Após a apresentação, a sessão presidida pelo deputado Talles Barreto (UB) abordou questionamentos de deputados. (Foto: Will Rosa/Portal Alego).

Na manhã desta terça-feira (3), a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) sedia audiência pública com o objetivo de discutir e esclarecer as recentes mudanças no funcionamento do Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde). Na ocasião, o presidente do Ipasgo Saúde, Vinícius de Cecílio Luz detalhou as transformações ocorridas no órgão.

Após a apresentação, a sessão presidida pelo deputado Talles Barreto (UB) abordou questionamentos de deputados. Bia de Lima (PT) criticou duramente a possível retirada de 10 mil servidores que utilizam o plano de saúde por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que regulamenta e fiscaliza o serviço prestado:

E nós precisamos resolver isso, porque esta é uma questão que não é nova. É uma exigência da ANS. Então, quando o governo fez essa opção e nos obrigou a entrarmos pela ANS, nós alertávamos pra isso. Então, fomos obrigados pela base do governo a assumir uma coisa que nós não queríamos.

Como resposta, o presidente do Ipasgo garantiu que não quer perder essa massa de 10 mil beneficiários. “Nós estamos fazendo todos os esforços para que isso não aconteça. Nós estamos levando dados para sensibilizar a ANS. Estou indo lá no dia 12 presencialmente para que nós possamos, frente a frente, tentar sensibilizar a ANS e ter uma resposta positiva. Não entra mais ninguém, mas pelo menos a gente quer conseguir manter a prestação de serviço para cerca de 10 mil pessoas que estão nessa situação”, afirmou.

Já o deputado Coronel Adailton (SD) destacou a dificuldade no atendimento de pessoas da região do entorno do Distrito Federal. “Dentro das suas colocações, a gente percebe com clareza a possibilidade de melhorar o atendimento e de incrementar, ou seja, aumentar a possibilidade de atendimento no sentido, principalmente, de diversificar. E os servidores públicos do entorno do Distrito Federal sofrem muito com isso”, destacou.

“A gente quer minimizar o impacto também do atendimento naquela região. São mais de 35 mil beneficiários só naquela região do entorno ali”, afirmou Vinícius destacando o extenso número de credenciamento de pessoas físicas e a ampliação do atendimento na região do entorno de Brasília, um marco importante após a mudança da natureza jurídica do serviço. 

O principal questionamento do deputado Mauro Rubem foi em relação aos rumos do Ipasgo, que segundo ele está muito incerto. “Nós temos uma responsabilidade muito grande de ajudar a captar as informações, as sugestões necessárias. Às vezes o usuário, o beneficiário tem uma oportunidade de apresentar uma ideia que seria ótima pra esse momento, como já foi falado aqui na virada de chave e contribuir pra que melhore a possibilidade de atendimento, então vamos ouvir”, respondeu Vinícius.

Avanços do Ipasgo

Durante a sessão, Luz destacou a evolução do Ipasgo Saúde sob o novo marco legal, a lei 21.880 de 2023, que transformou a entidade em um serviço social autônomo. “Com satisfação podemos estar aqui neste momento para discutirmos o nosso maior plano de saúde de Goiás e do Centro-Oeste”, afirmou, sublinhando a importância da lei que foi “amplamente discutida nesta Casa”. 

O presidente apresentou uma comparação detalhada do Ipasgo Saúde com outras operadoras, enfatizando a cerca de 595 mil usuários. “O Ipasgo já nasce como uma operadora de autogestão, sendo a maior do Brasil”, apontou, destacando o extenso número de credenciamento de pessoas físicas e a ampliação do atendimento na região do entorno de Brasília, um marco importante após a mudança da natureza jurídica do serviço. 

Luz também abordou os desafios enfrentados, como o pico de pessoas aguardando regulação em agosto, devido a alta de surtos de doenças como a dengue, que exigiu uma resposta intensiva do serviço. “Fizemos uma força-tarefa nos finais de semana e conseguimos diminuir essa fila”, explicou. 


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