16 de agosto de 2024
Destaque • atualizado em 04/09/2021 às 14:22

Presidente de Associação dos Militares discorda de recomendação do MP e garante participação nos atos de 7/9: “Direito sagrado de se manifestar”

(Foto: Assego)
(Foto: Assego)

Na contramão da recomendação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) que pediu para que os militares da ativa não participassem dos atos do próximo dia 7 de setembro, o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos do Estado de Goiás (Assego), subtenente Luis Cláudio Coelho de Jesus garante a participação daqueles que “voluntariamente” queiram ir ao ato, apesar de garantir que a entidade não fará nenhuma mobilização para levá-los. Para o militar, acima de qualquer prerrogativa, há o “direito sagrado de se manifestar”.

O subtenente explica que a Assego está seguindo as normativas da entidade nacional que tem apoiado os apoios. “As principais entidades em Goiás estão respeitando a normativa da entidade nacional na qual nós somos filiados e como nós não temos, inclusive, condição financeira para esse tipo de situação a o deslocamento e a participação dos militares nesse evento cívico do dia 7 está sendo meramente voluntária.”

Sobre a recomendação do Ministério Público, Cláudio destaca que respeita a instituição mas que não coaduna com o parecer haja vista que trata-se de um “control c, control v” de um texto emitido pelo MInistério Público do Distrito Federal. “A recomendação do MP por mais respeitosa que seja, nós entendemos que não sobrepõe aos dispositivos constitucionais, e o Policial Militar no seu horário de folga ele é um cidadão e o movimento do dia 7 de setembro não tem o condão do Policial Militar como movimento de revolta, pelo contrário, é um movimento de direito de ir e vir, de liberdade de expressão, onde nós enquanto cidadãos num horário de folga, o livre pensamento, a livre opinião precisa ser respeitada”, pondera.

Para Cláudio, o código de conduta da PM do Estado de Goiás que proíbe manifestações políticas públicas entre os membros da ativa não se sobrepõe à Constituição Federal. “Olha, não é só o regulamento, é o que diz a Constituição Federal que é o norte para todos os brasileiros conduzirem a sua vida. É a carta magna que nos conduz enquanto cidadão civil e militar.  A gente precisa entender e a população goiana precisa entender que o evento de 7 de setembro para nós militares, é um evento cívico. Cívico enquanto patriotas e acima de tudo, enquanto cidadãos soberanos brasileiros. Enquanto entidades representativas, nós temos o entendimento que, está previsto na Constituição Federal já no seu princípio fundamental disposto no artigo 1 onde nos trata como policiais militares como cidadãos como qualquer outro brasileiro.” 

O subtenente também ressalta que não há nenhuma temperatura golpista para o ato. “Nenhum clima, pelo contrário, a sociedade brasileira vai se surpreender com esse movimento cívico do dia 7 que será nada mais do que uma demonstração do quanto o povo brasileiro pede que os poderes sejam mais harmônicos”, destacou.


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