De acordo com o novo presidente do Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias de Goiás (SecoviGoiás), Antônio Carlos Costa, que tomou posse do cargo no mês de março deste ano, a depreciação dos imóveis se deu em função da insegurança econômica da população.
Durante o período pandêmico a economia do setor imobiliário foi diretamente impactada pela insegurança econômica. Em entrevista concedida ao Diário de Goiás, nesta terça-feira (20/04), o presidente falou sobre o cenário do mercado imobiliário. “Durante esse período a gente viu duas coisas importantes, uma disparada na valorização dos imóveis de alto padrão, mas infelizmente também, a gente viu uma depreciação daqueles produtos de mais baixa renda, isso em função, talvez, da insegurança da camada assalariada.”, pontuou.
Queda
Sobre a influência da economia geral no mercado, Antônio Carlos acredita que o estado de Goiás continuará sendo um estado economicamente forte e que isso pode favorecer a retomada econômica. “Mesmo durante a pandemia, por ser um estado que tem muita influência do agro, e o agro não sofreu com a pandemia, pelo contrário, ele ganhou na pandemia, as commodities subiram de maneira muito forte durante esse período. Fez com que o estado economicamente, tivesse uma das maiores arrecadações.”, acrescentou.
Porém, alguns fatores levaram à queda dos imóveis considerados de médio e baixo padrão. Para Costa, o motivo principal foi a instabilidade financeira. “Durante esse período a gente viu duas coisas importantes, uma disparada na valorização dos imóveis de alto padrão, mas infelizmente também, a gente viu uma depreciação daqueles produtos de mais baixa renda, isso em função, talvez, da insegurança da camada assalariada tendo ficado insegura ou perdido o emprego, ou diminuído a sua capacidade de pagamento.”, justificou o presidente.
Retomada
Apesar disso, as perspectivas futuras são positivas. “Eu vejo para o cenário do futuro a retomada da economia, um ganho, uma reposição salarial, agora, que seria fundamental para que o desenvolvimento econômico volte, que o consumo volte ao normal.”, afirmou Antônio Carlos.
Segundo o presidente, a retomada econômica das classes populares seria a solução para o fortalecimento do mercado imobiliário. “Essa escalada agora de reposição salarial é o que a gente tem que buscar fazer, porque a economia gera com essa massa consumidora como um todo. Um imóvel que está do valor do setor econômico ele ficou muito desvalorizado e deve ter uma retomada de valorização com a retomada também da reposição salarial que vai vir, esse é o princípio.”, pontuou.
Leia mais sobre: Goiânia / Goiás / Mercado imobiliário / Cidades