Após uma temporada de gastança no futebol internacional, com quebra de recorde do valor desembolsado por clubes mundo afora, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, decidiu que o sistema de transferências deve ser repensado.
Durante o 13º Congresso Extraordinário da Uefa nesta quarta-feira (20), o dirigente pediu que todas as instituições da modalidade, de confederações a sindicatos de jogadores, se unam para debater soluções para essa questão. A maior preocupação de Infantino é com o enriquecimento de empresários ligados ao futebol a partir de comissões.
“Temos visto, na última janela de transferências, um aumento significativo no valor das vendas de jogadores. Um exemplo, no que diz respeito a transferências internacionais, um aumento de US$ 3,6 bilhões para US$ 4,6 bilhões”, relatou o dirigente.
“Um bilhão a mais em um ano. Isso, sozinho, não é algo negativo, porque também significa redistribuição. Mas por outro lado também vemos que as comissões de agentes têm subido e ao mesmo tempo os pagamentos solidários e compensações têm caído. Isso tem que nos preocupar, certamente, não só um pouco”, disse.
“Por isso temos todos que, juntos, como parceiros, tomar responsabilidade, resolver esses problemas, discuti-los juntos de boa fé e chegar com soluções positivas.
Para regulamentação de agentes, transferências, empréstimos, janelas de transferências, tetos salarias e todos esses itens que estão no ar em discussão, mas nunca foram encarados”, afirmou Infantino.
A última janela de transferências europeia chamou a atenção em especial pelos valores desembolsados pelo Paris Saint-Germain, que estabeleceu o novo recorde na compra de um jogador: 222 milhões de euros para pagar a multa rescisória de Neymar. Além disso, o clube francês encaminhou a contratação de Kylian Mbappé após um empréstimo de uma temporada. O valor? Cerca de 180 milhões de euros, a serem pagos na próxima temporada para burlar o Fair Play financeiro da Uefa.
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