28 de agosto de 2024
Esportes

Presidente da Fifa defende mudança no sistema de transferências do futebol

Gianni Infantino
Gianni Infantino

Após uma temporada de gastança no futebol internacional, com quebra de recorde do valor desembolsado por clubes mundo afora, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, decidiu que o sistema de transferências deve ser repensado.

Durante o 13º Congresso Extraordinário da Uefa nesta quarta-feira (20), o dirigente pediu que todas as instituições da modalidade, de confederações a sindicatos de jogadores, se unam para debater soluções para essa questão. A maior preocupação de Infantino é com o enriquecimento de empresários ligados ao futebol a partir de comissões.

“Temos visto, na última janela de transferências, um aumento significativo no valor das vendas de jogadores. Um exemplo, no que diz respeito a transferências internacionais, um aumento de US$ 3,6 bilhões para US$ 4,6 bilhões”, relatou o dirigente.

“Um bilhão a mais em um ano. Isso, sozinho, não é algo negativo, porque também significa redistribuição. Mas por outro lado também vemos que as comissões de agentes têm subido e ao mesmo tempo os pagamentos solidários e compensações têm caído. Isso tem que nos preocupar, certamente, não só um pouco”, disse.

“Por isso temos todos que, juntos, como parceiros, tomar responsabilidade, resolver esses problemas, discuti-los juntos de boa fé e chegar com soluções positivas.

Para regulamentação de agentes, transferências, empréstimos, janelas de transferências, tetos salarias e todos esses itens que estão no ar em discussão, mas nunca foram encarados”, afirmou Infantino.

A última janela de transferências europeia chamou a atenção em especial pelos valores desembolsados pelo Paris Saint-Germain, que estabeleceu o novo recorde na compra de um jogador: 222 milhões de euros para pagar a multa rescisória de Neymar. Além disso, o clube francês encaminhou a contratação de Kylian Mbappé após um empréstimo de uma temporada. O valor? Cerca de 180 milhões de euros, a serem pagos na próxima temporada para burlar o Fair Play financeiro da Uefa.


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