29 de agosto de 2024
Avaliações • atualizado em 01/12/2022 às 09:55

Presidente da Fecomércio-GO demonstra preocupação em governo Lula mas confia no Congresso para evitar ‘mudanças radicais’

De acordo com o presidente em entrevista ao Diário de Goiás, a mudança ideológica na linha de governo provoca apreensão entre os empresários
Presidente reeleito da Fecomércio-GO, Marcelo Baiocchi (Foto: Silvio Simões)
Presidente reeleito da Fecomércio-GO, Marcelo Baiocchi (Foto: Silvio Simões)

Aclamado por mais quatro anos ao cargo de presidente da Fecomércio-GO nesta quarta-feira (30/11), o empresário Marcelo Baiocchi não está confiante com o novo governo eleito que será tocado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas crê que o Congresso Nacional não irá apoiar mudanças radicais propostas pela futura gestão.

De acordo com o presidente em entrevista ao Diário de Goiás, a mudança ideológica na linha de governo provoca apreensão entre os empresários, haja vista que a atual administração tem uma visão à direita liberal enquanto Lula além de ter posições à esquerda, tem dado declarações que preocupam o setor. 

“Declarações que muito nos preocupam e ações que podem trazer recessão, aumento da inflação e de taxa de juros, como exemplo a quebra do teto de gastos. Isso provoca perda do controle fiscal e gera obrigatoriamente a inflação e ter que aumentar a taxa de juros”, destaca Baiocchi.

Para Marcelo, essas declarações podem provocar insegurança de empresários que podem interromper os investimentos que antes vinham sendo feitos. “Isso é ruim porque diminui investimentos. Ameaça de taxar patrimônio, herança, essas questões, nós da confederação do Comércio e outras federações estamos atentos e querendo ver qual caminho será tomado”, explicou.

Baiocchi crê, no entanto, que medidas radicais serão barradas pelo Congresso Nacional de forma que, por exemplo, uma revisão acentuada da reforma trabalhista, não irá prosperar. De acordo com o empresário, o assunto traz preocupação porque o atual texto pacificou o setor e diminuiu os conflitos entre empregadores e empregados.

“Reverter isso ou voltarmos a situação da dificuldade de relação como era antigamente pode piorar a oferta de empregos, mas eu acredito que isso não passará, até porque precisa do Congresso para fazer essas aprovações e eu tenho certeza que o Congresso Nacional não apoiará mudanças radicais que possam prejudicar o emprego”, concluiu.


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