Já faz alguns anos que ocorrem denúncias do Legislativo e Judiciário em relação a Supersalários na Comurg. Alguns servidores incorporaram inúmeros quinquênios. Há casos em que este tipo de gratificação supera bastante o salário base e só não recebem acima do salário do prefeito, porque a lei proíbe. O presidente da Comurg, Denes Pereira, pretende apresentar proposta para reduzir o valor do quinquênio pago pela companhia. O tema será debatido em convenção coletiva.
De acordo com o presidente, ao longo dos anos a legislação permitiu que os quinquênios fossem incorporados, sendo um direito adquirido. A proposta visa adequar o que é pago pela Comurg ao restante dos órgãos da Prefeitura de Goiânia. Segundo Denes Pereira, na Comurg o quinquênio é calculado sobre o salário incorporado com a gratificação e no restante da administração municipal é sobre o salário base.
“Ficaria como é no restante da Prefeitura de Goiânia, 10% em cima do salário base, e não em cima do salário incorporado como acontece hoje. Nós vamos pedir que os sindicatos, órgãos que participam da convenção coletiva entenda as dificuldades da Prefeitura de Goiânia, a realidade do país e tentar se adequar”, afirmou.
O presidente da Comurg alegou que mesmo com as informações de supersalário entre os servidores, pouco se pode fazer, por ser um direito adquirido. Ele argumentou que nenhum funcionário está ganhando acima do teto, que é o salário do prefeito, hoje valor bruto de R$ 24 mil 200, segundo o Portal da Transparência da Prefeitura.
Denes Pereira afirmou que os que está sendo cortada na folha os que receberiam a mais do que o prefeito. Ele disse que no mês de fevereiro foram oito pessoas nesta situação.
“Mas é preciso deixar bem claro que ninguém na Comurg recebe acima do teto que é hoje o salário do prefeito e líquido cai bastante. Fica parecendo que na Comurg todo mundo recebe supersalário. Pra se ter ideia, no mês de fevereiro, só oito funcionários, num universo de oito mil tiveram o corte de teto, não receberam acima do teto. São direitos adquiridos ao longo do tempo e não temos o que fazer a não ser cumprir a lei”, argumentou.