31 de agosto de 2024
Cidades

Presidente da Comurg discorda de decisão que bloqueia bens dele em até R$ 8 mi

O presidente da Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg), Ormando José Pires Júnior, recebeu com estranheza a decisão judicial que promove bloqueio de bens no valor de R$ 8 milhões, por ter permitido a continuidade de 129 comissionados fantasmas no órgão. A alegação do gestor é que as medidas foram tomadas. Ele ainda discorda do bloqueio.

A decisão foi tomada nesta semana pelo juiz da 1ª Vara Cível de Goiânia, Márcio de Castro Molinari. O juiz acolheu pedido feito em ação de improbidade administrativa proposta pelo promotor de Justiça Fernando Krebs. Na ação proposta em agosto de 2014, foi sustentado que foi autorizada a permanência de 129 funcionários comissionados fantasmas lotados no Núcleo de Servidores com Lotação Provisória.

A argumentação do Ministério Público é que nos casos dos servidores lotados no núcleo, eles estariam retornando de disposição ou eram recém-contratados e que ainda não tinham os locais para prestação de serviço definidos.

Ormando Pires ao Diário de Goiás informou que ainda não recebeu nenhuma notificação oficial. Ele argumentou que as medidas cabíveis foram tomadas.

“Como no próprio processo de 2014 deixou bem claro, eles (funcionários fantasmas) já haviam sido exonerados, partir do momento que tive conhecimento, assim que assumi foram exonerados, eu tenho como afirmar que não eram (fantasmas), pois não estavam na Comurg. O que eu fiz assim que entrei, foi buscar todas as pessoas que estavam a partir de uma reformulação que foi feita, criação do organograma, extinção de algumas diretorias, junção de alguns departamentos e a exoneração de comissionados e o desligamento de servidores que já estavam aposentados”, justifica.

Bloqueio

Foi determinado o bloqueio de bens do diretor-presidente da Comurg e do chefe do Departamento de Pessoal do órgão, Waterson Fidéles Corrêa no valor de R$ 8 milhões em contas, veículos e imóveis e visa assegurar o ressarcimento integral de eventuais danos causados ao erário.

“Eu achei estranho porque em 2014 já havia algo que não acatava o afastamento e o bloqueio e agora esta reviravolta. O que não ficou muito claro é que se pediu o bloqueio, não que eu tivesse esta quantidade de bens porque eu não a tenho”, argumenta.

Ormando Pires Júnior explicou ao Diário de Goiás que possui apenas uma casa e um carro.


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