22 de dezembro de 2024
Cidades

Presidente da Câmara e ex-vereadores de Formosa são alvos de operação do MP

Operação cumpriu mandado na presidência da Câmara. (Foto: Divulgação/MPGO)
Operação cumpriu mandado na presidência da Câmara. (Foto: Divulgação/MPGO)

O presidente da Câmara de Vereadores de Formosa, Acinemar Gonçalves da Costa, seis ex-vereadores e o ex-secretário Rodrigo Melo da Natividade, foram alvo de mandados de busca e apreensão de uma operação deflagrada nesta segunda-feira (16) pelo Ministério Público de Goiás (MPGO).

Os ex-parlamentares são Antônio Faleiro Filho, Emílio Torres de Almeida, Jesulindo Gomes de Castro, Jorge Gomes da Mota, Nélio Marques de Almeida e Wenner Patrick de Sousa.

De acordo com o MPGO, eles participavam de um esquema de dispensa indevida de licitações na Câmara de Vereadores de Formosa. O juiz Fernando Oliveira Samuel expediu dez mandados de busca e apreensão, cumpridos nas residências dos ex-parlamentares e do ex-secretário, além do gabinete da presidência da Câmara.

De acordo com o promotor de Justiça Douglas Chegury, que coordenou a operação juntamente com o delegado regional de Polícia Civil José Antônio Sena, foi descoberto pelo MPGO que, entre os anos de 2012 e 2016, prefeitos e secretários de Formosa articularam e executaram um esquema criminoso de dispensa indevida de licitações, que possibilitou a contratação irregular de centenas de apadrinhados e apoiadores políticos em uma cooperativa.

O MPGO aponta que houve contratação ilegal de servidores para prestação de serviço na prefeitura sem a realização de concurso público foram efetivadas com o emprego fraudulento da Cooperativa Recicla, de catadores de lixo. A empresa intermediava as contrações, o que resultou em prejuízo de cerca de R$ 20 milhões.

A operação desta segunda-feira, denominada Críton, é a segunda fase da Operação Treblinka, de julho de 2019, que condenou os ex-prefeitos Pedro Ivo de Campos Faria e Itamar Sebastião Barreto, além dos ex-secretários Abílio de Siqueira Filho, Eduardo Leonel de Paiva e Gilmar Francisco de Sousa, e da funcionária da Cooperativa Recicla Flavineide Rocha, a penas de detenção que variam de 3 a 5 anos, a serem cumpridas em regime aberto. Eles também terão ressarcir os cofres municipais.

O Diário de Goiás tentou contato com a presidência da Câmara de Formosa, mas não obteve sucesso até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.


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