Importante nome do agro no Brasil, o empresário e presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Marcello Brito declarou nesta terça-feira (18/10) apoio a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial. O apoio vem num momento que a campanha petista busca pontes com o setor que predominantemente resistente ao ex-presidente.
Brito, que no primeiro turno decidiu apoiar a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB) ao Palácio da Alvorada, agora acena para Lula. “Os motivos são os que tangem a minha vida dedicada ao agronegócio sustentável, da Amazônia preservada, de um país querido no exterior”, pontuou.
Num curto vídeo onde explica os motivos, Brito relata que a imagem do Brasil países à fora se deteriorou com o governo tocado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). “Sempre fui bem aceito e muito bem aceito nos países que passei. Mas ultimamente eu senti vergonha de fazer a defesa de um país que se apresentava de forma tão diferente da sua história e esse é o meu motivo”, destacou.
O vídeo termina com Marcello destacando seu desejo de continuar trabalhando num Brasil com um futuro “democrático, amigável e tranquilo”.
Abag encabeçou carta defendendo o Estado Democrático de Direito
Em agosto do ano passado, a Abag encabeçou uma carta em defesa ao Estado Democrático de Direito, em conjunto com várias entidades do agronegócio brasileiro.
O documento dizia que as amplas cadeias produtivas e setores econômicos representado precisavam de estabilidade, segurança jurídica e harmonia para poder trabalhar. Segundo as entidades, a liberdade empreendedora de que precisam é o inverso de aventuras radicais, greves e paralisações ilegais. “De qualquer politização e partidarização nociva que, longe de resolver nossos problemas, certamente os agravará”, afirmava o texto.
O documento foi assinado por várias entidades representativas do agronegócio brasileiro. Além da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) colaboraram com o texto a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), Associação Brasileira de Produtores de Óleo de Palma (Abrapalma), Croplife Brasil (que representa empresas de defensivos químicos, biológicos, mudas, sementes e biotecnologia), Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).
Em Goiás, representantes do agro declaram apoio a Lula
Em terras goianas, nomes fortes do agronegócio destacaram apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Presidente do Sindicato Rural de Goianira, Rodrigo Zani é um dos que têm articulado nos bastidores a campanha petista com o setor.
Ex-presidente do PSDB Jovem, Zani esteve presente no evento do PT goiano que marcou o início da ampliação da campanha com frentes suprapartidárias.
“Para eu estar aqui hoje é um gesto de muita coragem. Não tem problema, porque eu tô aqui pela democracia, pelo meu filho. Eu não quero em hipótese nenhuma cresça numa ditadura bolsonarista onde todo o mundo vai perder. Não tenham medo de declarar o voto. O Lula vai equilibrar esse país. O agro precisa de democracia, o agro vai viver com democracia”, salientou no evento.
Fora do evento presencial por conta de viagens, o empresário ligado ao agronegócio e filiado ao PSDB Jalles Fontoura, mandou um vídeo para declarar o apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“É fundamental a eleição de um presidente que tenha compromisso com a democracia. O atual presidente não tem esse compromisso”, disse no vídeo citando que seguia o mesmo caminho de economistas que criaram o Plano Real além do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.
Também mencionou que o próprio setor do agronegócio não tem tanta segurança na reeleição do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). “O próprio sistema de mercado e o agronegócio sabem que também não há garantias nesse governo atual”, pontuou no vídeo.
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