A manifestação marcada para o próximo domingo (15) pretende movimentar todo o Brasil, e a expectativa é de que vários segmentos da sociedade participem do protesto. Em Goiás, a presença de líderes empresariais está confirmada. A presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Helenir Queiroz, chama a classe empreendedora para participar.
Em sua própria rede social Facebook, Helenir postou diversos vídeos em que líderes empresariais se manifestam a favor do protesto no Estado. A classe defende que os direitos dos empresários sejam respeitados [veja vídeo].
Ao Diário de Goiás, a presidente disse que o momento que o Brasil vive atualmente faz com que os empresários se sintam inseguros. “A crise institucional e a falta de credibilidade afetou a economia brasileira, tanto para os empresários de fora do país quanto para nós, que sentimos na pele“.
Para Helenir, o que mais incomoda em todo esse processo é a falta de credibilidade dos governantes que, segundo a presidente da Associação, prometem uma coisa durante a campanha eleitoral e praticam outra após a vitória nas eleições.
“Pior parte é quando você acredita em quem está pilotando o avião, você tem esperanças de que seja uma turbulência passageira. Mas nós perdemos a confiança no piloto. Muito do que foi dito antes, foi revelado como não verdade agora. Um líder precisa ter credibilidade. Falas da presidente [Dilma Rousseff] há quatro meses e de hoje não combinam. Como confiar na fala dela hoje?“, destacou.
Consumo
Segundo a presidente, a classe quer, sobretudo, defender um “ambiente saudável” de negócios, em que as pessoas possam trabalhar sem medo de perder o emprego e, assim, continuar consumindo. “Sabemos que já há uma tendência forte ao desemprego. Isso gera estagnação e, consequentemente, insegurança nas pessoas. Para as pessoas consumirem, elas precisam ter confiança no amanhã, que vão ter renda. As pessoas estão inseguras em relação ao emprego“.
De acordo com Helenir, o consumo e a movimentação no comércio goiano diminuiu cerca de 30%, indicando uma “retração enorme” nos negócios.
A concentração será na Praça Tamandaré, localizada no Setor Marista, às 14h, neste domingo (15).
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