O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) descartou a possiblidade de um golpe de estado nas próximas eleições de 2022. Segundo ele, a chance é zero. A fala do chefe do Executivo foi à revista Veja.
“Daqui pra lá, a chance de um golpe é zero. De lá pra cá, a gente vê que sempre existe essa possibilidade. (…) De lá pra cá, é a oposição, pô. Existem 100 pedidos de impeachment dentro do Congresso”, explica o presidente.
Bolsonaro surpreendeu alguns apoiadores mais radicais, que defende a volta da ditadura, ao falar que não há possibilidade de desrespeitar o pleito em 2022.
“Olha só: vai ter eleição, não vou melar, fique tranquilo, vai ter eleição”, pontuou.
Outro tema que o presidente parecia não mudar de opinião era em relação às urnas eletrônicas, pois o político sempre alegou que o atual sistema eleitoral brasileiro não seria confiável, no entanto o presidente deu uma declaração contrária a tudo que vinha falando.
“Com as Forças Armadas participando [a convite do presidente do TSE, Luís Roberto Barroso], você não tem por que duvidar do voto eletrônico. Eu até elogio o Barroso, no tocante a essa ideia”, diz Bolsonaro.
Sobre os trabalhos do governo no enfrentamento à pandemia da covid-19, Jair Bolsonaro disse que o governo acertou nas medidas tomadas para mitigar os impactos da crise e destacou a criação do Auxílio Emergencial.
“Não errei em nada. Fui muito criticado quando falei que ficar trancado em casa não era a solução. Eu falava que haveria desemprego — e foi o que aconteceu. Outra consequência disso é a inflação que está aí. Hoje há estudos que mostram que quem mais caminha para o óbito por coronavírus é o obeso e quem está apavorado. Falei isso no início do ano passado. Todo mundo aumentou de peso ficando peso ficando em casa. Também criamos o auxílio emergencial. Sem ele, com certeza teríamos saques em supermercados, balbúrdia, violência”, ressaltou.
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