27 de dezembro de 2024
Cidades

Presa “Vovó” que cuidava de laboratório de refino de drogas

Dirce Cavalcante de 73 anos. Aposentada. Aparentemente uma vida tranquila, não levantava nenhum tipo de suspeita. Morando há seis meses em uma casa alugada no Residencial Hugo de Morais na região, a Polícia Civil que descobriu que ela tomava conta de um laboratório de refino de preparação de drogas.

A Polícia investigava há um mês o filho de Dirce, Welder José Cavalcante de 31 anos era responsável por preparar a droga. Ele conta com a ajuda de dois comparsas. O titular da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (DENARC), Alécio Moreira, avalia que foi uma surpresa a participação de uma senhora neste caso.

“Ele usava a mãe para tomar conta do laboratório. Era uma senhorinha que não despertaria atenção. A gente sabia que alguém estava tomando conta do laboratório dele, mas a gente não imaginou que ele pudesse colocar a mãe numa situação tão grave.” Destaca o delegado.

A droga não era vendida nesta casa no Hugo de Morais. Os pontos de venda eram em outros locais. A Polícia Civil ainda não conseguiu fazer a identificação dos comparsas.

Para o delegado não houve coação por parte do filho. A idosa alegava que não sabia que o material apreendido não era droga, alegou que era polvilho. O delegado entende que Dirce tinha conhecimento sim que tudo era ilícito, pois o filho já tinha histórico no mundo do tráfico.

“ Não sabia que era droga, era polvilho. Essa droga era de um tal de Jorge, não era do meu filho”, argumentou aos choros Dirce Cavalcante.

Na casa foram encontrados 25 quilos de cocaína e 150 quilos de material para preparo (grande parte ácido bórico). Também foi localizada uma prensa, balanças de precisão e veículos.

Segundo o delegado, o material apreendido equivale à produção semanal. Weder e os dois comparsas produziam em média 25 quilos de cocaína neste intervalo, o que daria 200 mil reais em dinheiro aproximadamente.

Dirce foi detida por tráfico de drogas e associação ao tráfico. De acordo com Alécio Moreira, ela permanecerá presa. Somente o poder judiciário que poderá se manifestar por uma prisão domiciliar, já que tem mais de 70 anos.

Weder já havia sido preso no Paraná em 2009 por tráfico de drogas e corrupção de menor. Ele não estava na residência no momento da prisão. A polícia está  a procura dele e dos dois comparsas.


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