Foram presos pela polícia integrantes de uma organização criminosa, considerada pela Polícia Civil como a maior em roubos de gado em Goiás. Desde fevereiro, foram roubadas no mínimo 1000 cabeças em fazendas no interior do estado, principalmente na região do Vale do Araguaia.
A quadrilha estava sendo monitorada desde fevereiro. Na madrugada desta quinta-feira (7), os policiais já sabiam que a quadrilha agiria em uma fazenda em Itapuranga, no caminho de volta, quatro dos oito integrantes foram presos.
Funções Definidas
De acordo com o chefe do Grupo de Repressão a Crimes Rurais e Divisas da Polícia Civil, Glaydson Carvalho, cada componente do bando tinha função específica. Durante a prisão, houve apreensão de objetos.
“Foram apreendidos dois carros de passeio que eram usados como batedores. Eles tinham dois caminhões tipo gaiola para transportar os animais roubados. Era tudo bem definido. Tinha a equipe que abordava os fazendeiros, a equipe responsável por encarretar o gado e outra para guardar os gados nas fazendas. Cada elemento tinha sua função bem definida”, destaca.
Os bandidos alugavam três fazendas na região de Itaguari. Nos locais, eles guardavam o gado. Eles remarcavam os animais, compravam vacinas para obter nota fiscal e incluí-los na Agrodefesa, depois o revendiam normalmente como se fossem produtores rurais.
Ações violentas
O delegado informou que além de localizar os foragidos, a polícia procura verificar como eles conseguiam legalizar a documentação. Segundo Glaydson Carvalho, os bandidos agiram com violência.
“Eles adentravam na fazenda, rendiam todos os moradores das fazendas, normalmente os deixavam amarrados e subtraíam tantos objetos de valores, quantos os objetos que estavam no pasto. Não temos registro de uma quadrilha que roube tanto gado em tão pouco tempo”, afirma o delegado.
De acordo com o responsável pelas investigações, o gado roubado era revendido para frigoríficos e outros produtores rurais. Todas as pessoas que compraram o gado roubado serão investigados para ver se tinham ou não ciência da origem ilícita do produto.
Os envolvidos serão indiciados por associação criminosa e roubo qualificado. Em cada fazenda será feito um inquérito policial. Cada roubo pode pegar de cinco anos até 12 anos de cadeia.
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