22 de dezembro de 2024
Economia

“Preocupação é modular investimentos”, afirma Caiado diante da previsão de perda de 5.5 bi na arrecadação

A atual situação faz com que o Estado tenha que estudar movimentos alternativos para cumprir receitas obrigatórias, como saúde e educação
Foto: Leoiran
Foto: Leoiran

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) prega cautela diante do cenário econômico em Goiás, mesmo com o PIB goiano atingindo índices históricos. De acordo com sua equipe econômica, a projeção de perder R$ 5,5 bilhões em arrecadação nos cofres públicos, além dos investimentos obrigatórios em saúde (25%) e educação (12%) fazem com que o Estado tenha de estudar movimentos alternativos de receitas.

“A gente tem que ter muito cuidado. Sempre fui muito cauteloso com aquilo que a gente aprende desde cedo com nossos pais. Jamais coloque o chapeu onde as mãos não alcança. Isso vale para os governantes”, destacou ao ser questionado sobre o cenário pelo Diário de Goiás. Caiado comemora a receita de 9 bilhões de reais, mas diz que não fosse a retirada do ICMS do combustível, energia e telecomunicações, a receita poderia ser ainda maior.

No entanto, o cenário não é de comemoração, afinal de contas, a projeção é de perda de 5.5 bi para 2023. “Então, quando você tem um caixa de 9bi e 200 e temos uma perda de 5,5bi e ao mesmo tempo 25% na educação e 12% na saúde, não podemos diminuir. Se nós perdermos 5,5bi eu vou ter de usar do Tesouro para complementar investimentos na educação e saúde”, pontua.

Apesar de apresentar bons índices, a cautela de Caiado se dá por um motivo: estados vizinhos já preveem dificuldades em cumprir com obrigações básicas como o pagamento da folha de pessoal aos servidores públicos. “Temos a responsabilidade de tentar buscar formas alternativas para que, diante de uma mudança estrutural onde sem nos dar outra alternativa cortamos 39% da arrecadação de Goiás, não só de Goiás, do Brasil todo”, salientou.

Por isso, Caiado destaca que o grande objetivo de sua equipe econômica é fazer a “modulação das receitas”. Nesse sentido, a criação da chamada “taxa do agro” seria interessante aos cofres públicos e fundamental para a garantia de investimentos na infraestrutura.

“A preocupação nossa, neste momento, é de sabermos modular os investimentos e daí o fato de termos buscado junto a Alego a taxa em que se propõe uma contribuição feita ao setor rural e da mineração para que deem continuidade as obras de investimentos, já que teremos de utilizar o dinheiro do Tesouro agora para sustentar a perda de arrecadação na educação e saúde, além dos programas sociais. O nosso objetivo é não parar obra alguma e continuarmos com a meta do governo na parte de infraestrutura”, destacou.


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