Prioridade na gestão do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), a primeira fase do projeto de recapeamento da Avenida Anhanguera e do corredor exclusivo de ônibus avança para mais da metade das obras e o secretário de Infraestrutura da Prefeitura de Goiânia, Denes Pereira garante que os trabalhos ficarão prontos até que o Governo de Goiás renove a frota de ônibus da Metrobus que trafega pelo trecho.
“Estamos trabalhando para antecipar o segundo trecho que vai da Praça Bíblia até o Terminal Novo Mundo para que possamos antecipar o começo das obras do terceiro trecho que é do Terminal Praça A ao Padre Pelágio. Vamos trabalhar muito para terminar o recapeamento da Avenida Anhanguera”, destaca Pereira em entrevista exclusiva ao Diário de Goiás.
Em termos percentuais, Denes destaca o avanço das obras no Eixão. “Primeiro trecho está concluído 100%, segundo trecho 30 a 40% avançado. Obra toda do Eixo Anhanguera, já avançamos 50% a 60% de todo o percurso do Eixo Anhanguera”, pontuou. “O prefeito quer antecipar o cronograma”, garante.
Essa primeira etapa deverá terminar ainda este ano. “No máximo até junho 2023”, destaca antes de entrar para a segunda etapa que é um remodelamento total da via exclusiva. “Assim que terminarmos o recapeamento, vamos fazer um segundo cronograma e poderei fazer mais clareza para refazer todo o piso”, explica.
“Esse recapeamento de toda extensão do Eixo Anhanguera dará condições para que a nova frota transite com segurança. Para fazer um trabalho a altura dos novos ônibus e desse corredor tão importante precisamos de fazer um trabalho diferenciado nos moldes de como é o BRT da Prefeitura”.
Denes Pereira, titular da Seinfra ao Diário de Goiás
Primeiros ônibus elétricos devem compor frota do Eixo Anhanguera em abril de 2023
Se não houver atraso no cronograma, os primeiros ônibus elétricos que vão compor o Eixo Anhanguera devem chegar em Goiânia a partir de abril de 2023 após o Tribunal de Contas de Goiás (TCE) autorizar que o estado continue o processo licitatório para aluguel de 114 veículos.
No dia 11 de outubro o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), Helder Valin, revogou a medida cautelar que impedia que a Metrobus realizasse o pregão para alugar os veículos elétricos. O documento, no entanto, elenca que algumas falhas devem ser corrigidas e coloca condições para que o processo vá adiante.
Batalha jurídica levou quase cinco anos até que a Prefeitura iniciasse os trabalhos
Se o assunto hoje é tido na Prefeitura de Goiânia como prioridade, o asfalto do Eixo Anhanguera foi motivo de uma queda de braço entre Poder Municipal e Governo do Estado por quase meia década, finando em junho do ano passado quando o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) foi obrigado a acatar uma decisão judicial obrigando o Paço Municipal a conduzir as obras.
O embate judicial começou em 2018 quando a estatal entrou na Justiça para que a Prefeitura realizasse os serviços de manutenção asfáltica no Eixo Anhanguera. À época, a empresa alegou que tentou haviam se esgotado as tratativas de diálogo entre as partes.
Ainda em 2018, houve uma vitória para a estatal. A 3ª Vara da Justiça obrigou a Prefeitura a realizar trabalhos emergenciais para recuperação asfáltica da via, mas o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) suspendeu os efeitos da liminar. Daí em diante uma guerra de liminares deu tom ao relacionamento que só encerrou no ano passado quando a Prefeitura decidiu colocar a mão na massa e começou a condução das obras.