O presidente da Fecomércio-GO, Marcelo Baiocchi, disse ontem (12/04) ao Diário de Goiás que o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) manterá o comércio aberto com algumas restrições durante as próximas duas semanas. Apesar das medidas restritivas serem incertas, Baiochi garantiu que elas são melhores do que o fechamento total. “Não fechar é a parte mais importante para nós. Estamos determinados a cumprir essas restrições para não fecharmos daqui a 14 dias”, ponderou.
Baiocchi destacou que as restrições ainda não foram colocadas à mesa. Haverá uma reunião no começo da tarde desta terça-feira (13/04) em que o prefeito Rogério Cruz e sua equipe técnica apresentaram as novas diretrizes. Há um movimento do poder público no sentido de impor restrições mais severas ao comércio. “O que nós estamos sentindo nas informações é que haverá um pouco mais de rigidez na movimentação de pessoas e aglomeração no comércio, o que é válido neste momento que é de muita responsabilidade de todos nós.”
A tendência é de restrição maior ao público em shoppings centers e a redução no horário de funcionamento das 17h para as 16h do comércio em geral. Bares e restaurantes deverão passar por novas restrições no atendimento ao público. Para Baiocchi, as restrições são melhores do que o fechamento total. “O maior argumento nosso é não fechar. Não fechar é a parte mais importante para nós. Se a necessidade de adequar horários, diminuir o funcionamento de alguma atividade, nós estamos preparados para cumprir por mais 14 dias essa situação para que não venhamos a fechar daqui 14 dias e daqui pra frente possamos cada vez mais aumentar a possibilidade de estarmos funcionando e mantermos abertos mesmo com restrições maiores”, comentou.
Após reuniões, Prefeitura e Governo sinalizam reabertura
Rogério Cruz (Republicanos), apresentará o novo decreto estabelecendo as regras para 0 funcionamento do comércio da capital. Os números estáveis indicam que o chefe do Executivo poderá manter as atividades abertas, porém com restrições em alguns segmentos.
“Temos uma certa segurança do que estamos acompanhando há uma semana, não temos pacientes de UTI em espera e a cada dia temos aumentado o número de leitos porque sabemos que viemos dos 14 dias fechados e precisamos estar muito atentos do que podemos receber nos próximos dias”, explicou o prefeito.
Nesta segunda-feira (12), Cruz se reuniu com o governador Ronaldo Caiado (DEM), além de secretários e técnicos da prefeitura e do estado, para discutirem as próximas medidas que serão adotadas na capital. Caiado destacou a importância de dialogar com o prefeito para que os objetivos referentes ao combate á pandemia sejam alcançados.
“A população entende como uma decisão harmoniosa, discutida, elaborada e, como tal, não dá espaço para que haja contestação em relação aos poderes constituídos. Nós não decidimos nada que não seja em conjunto. A nossa área técnica precisa conversar primeiro para avançarmos nosso entendimento e fazer com que isso amplie cada vez mais, já que nosso objetivo é salvar vidas e nosso inimigo é o vírus”, disse o governador.
O governador do estado ressaltou também que toda a sociedade precisa neste momento se unir e respeitar os protocolos de segurança contra a covid-19.
“Se não tivermos a contrapartida da população e a demanda de leitos for maior do que nós temos de oferta, se o RE ultrapassar o parâmetro de 1,2 em diante, não conseguiremos e, como tal, teremos que recuar dessa medida”, destacou.
O estado de Goiás teve nas últimas 24 horas o registro de novas 148 mortes causadas pela covid-19, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). Neste momento já são 12.931 vítimas fatais do coronavírus.
O decreto que Goiânia acompanhou do estado perde a validade já a partir desta quarta-feira (14), por essa razão é possível que ainda na manhã de hoje o prefeito disponibilize um novo decreto para a capital.
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