O gestor de Senador Canedo, Fernando Pellozo (União Brasil), resolveu fechar as portas da prefeitura nesta quarta-feira (13), em um ato contra a queda na arrecadação, por mais repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), além de maior autonomia financeira para as prefeituras.
O protesto é organizado pela Federação Goiana dos Municípios (FGM) e com o apoio da Associação Goiana de Municípios (AGM). A expectativa das entidades representativas é reunir 214 prefeitos goianos na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), a partir das 9 horas da manhã.
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Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (12), no Paço Municipal, em Senador Canedo, Pellozo explicou que a manifestação é uma forma de chamar a atenção da sociedade e dos governos estadual e federal para a situação crítica das prefeituras, que estão operando no vermelho e arriscando descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ele disse que Senador Canedo vem sofrendo com a queda de receitas e o aumento de despesas desde setembro de 2022.
Queda na arrecadação de Senador Canedo
Segundo o prefeito, entre setembro e dezembro de 2022, o município deixou de arrecadar R$ 4,5 milhões por mês. Já entre janeiro e julho deste ano, a queda foi de R$ 5 milhões mensais. Além disso, somente neste ano, Senador Canedo perdeu R$ 38 milhões do ICMS.
É a pior crise que já ouvi falar. A arrecadação diminui, mas as despesas da saúde, por exemplo, só aumentam. Só para se ter ideia, todo mês faltam R$ 3 milhões para pagar todas as contas da saúde e R$ 4 milhões na educação. A conta não fecha!
Afirmou Pellozo
Em primeiro lugar, Fernando ressaltou que o fechamento das prefeituras não afetará os serviços essenciais à população. As escolas, as unidades de saúde, a coleta de lixo, a Guarda Civil Municipal, a SMT, a SANESC, a AMMA e a Defesa Civil vão funcionar normalmente ou em regime de plantão.
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Por fim, o prefeito pediu a compreensão dos moradores e disse que espera que o movimento dos prefeitos tenha algum resultado positivo. “Não queremos prejudicar ninguém, mas precisamos mostrar a realidade que estamos vivendo. Esperamos que o governo estadual nos ajude com o ICMS e que o Congresso Nacional não aprove uma reforma tributária que tire ainda mais recursos dos municípios”, declarou.
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