27 de novembro de 2024
Destaque • atualizado em 25/07/2021 às 18:30

Prefeitura de Goiânia negocia compra de vacinas contra a Covid-19 com três laboratórios

Rogério Cruz concede entrevista exclusiva ao Diário de Goiás. (Foto: Fernando Leite/Prefeitura de Goiânia)
Rogério Cruz concede entrevista exclusiva ao Diário de Goiás. (Foto: Fernando Leite/Prefeitura de Goiânia)

A Prefeitura de Goiânia tem três cartas de intenção assinadas com laboratórios para aquisição de vacinas contra a Covid-19, mas quer a garantia do Supremo Tribunal Federal (STF) que elas possam ser adquiridas sem terem de passar para o Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. “É mais do que justo o dinheiro do município comprar as vacinas para o povo goianiense. Para quem vive em Goiânia, quem paga imposto em Goiânia. Esse dinheiro é dos impostos do povo”, destaca o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) em entrevista exclusiva ao Diário de Goiás.

Desde março deste ano, a Prefeitura tem à sua disposição 55 milhões de crédito para comprar vacinas contra a Covid-19. O valor já foi aprovado pela Câmara dos Vereadores. “Temos três cartas de intenção assinadas. Já recebemos o aval para que se for liberado a venda para os municípios pela Anvisa estaremos aptos a comprar. Astrazeneca, Pfizer e Janssen. Liberou, a Anvisa e o STF garantindo que as doses vão vir para Goiânia, vamos fechar”, destacou o republicano pontuando que as farmacêuticas que fizeram a oferta.

O valor é suficiente para adquirir 1 milhão de doses o que deve garantir a aceleração da imunização na capital. Há também a possibilidade delas entrarem num esquema de revacinação haja vista que assim como a campanha de vacinação contra a Covid-19 deverá ser anual, assim como a da gripe Influenza A.

O prefeito aguarda apenas a autorização para que os entes municipais possam adquirir os imunizantes diretamente com as farmacêuticas. “Se surgir oportunidade de qualquer laboratório para vender aos municípios eu vou correr lá para comprar porque eu quero ver todo o povo goianiense imunizado. É óbvio que estamos recebendo doses do governo federal, vem via governo estadual e nós recebemos nosso percentual, mas se eu puder comprar as doses para imunizar todo o povo goianiense, com certeza eu vou fazer isso”.

Para garantir que a aquisição fique no município, a Prefeitura já havia entrado com um mandado de segurança no Supremo. “Até na época que foi destacado pelo STF fizemos um calhamaço de processos, abrimos um processo no STF para nos permitir quando sair a compra da vacina a gente possa comprar com dinheiro público do município mas que as doses fiquem no município uma vez que o Governo Federal está investindo em todo o Brasil”, rememorou o republicano.

Goiânia tem cobrado pessoas retorno à segunda dose

O prefeito ainda deu um puxão de orelha nas pessoas que tomaram a primeira dose, mas não retornaram para o reforço com a segunda aplicação. “As pessoas precisam entender que a imunização é muito importante”, alertou. “Hoje são 51% de pessoas imunizadas com a primeira dose mas apenas 21% das pessoas imunizadas com a segunda dose. E temos doses preparadas para a segunda dose esperando as pessoas chegarem. Goiânia está cobrando isso, estamos cobrando que as pessoas que estão com segunda dose pendente que procurem o posto de vacinação”, destacou.

Cruz ponderou que além dos canais de comunicação da Prefeitura, equipes da SMS têm procurado entrar em contato diretamente com as pessoas que estão com a dose em atraso. “Estamos ligando, colocando isso em nossa programação, nas redes sociais, falando em TV, sempre alertamos as pessoas para isso”. 

Rogério Cruz repudiou qualquer fake news em torno da  eficácia vacinal dos imunizantes que a Prefeitura de Goiânia. “Todos foram liberados pela Anvisa”, rebateu. “Não tem o que se falar de vacina. Qualquer vacina surte efeito colateral ou dá qualquer reação”, relembrou.

O republicano ainda pediu para que familiares dos que estão com as doses atrasadas que os levem para receberem e concluírem a imunização. Só assim, a pandemia será superada. “Vai depender do organismo da pessoa, mas ela precisa se conscientizar para tomar a segunda dose e ter consciência da segunda dose. Temos pessoas ainda de 59 anos que tomaram a primeira dose e não foram tomar a segunda. Pedimos aos familiares que vejam as pessoas ao seu redor que tem a data marcada para a segunda dose. Levem eles até lá. Se passou da data, não tem problema, pode ir, o importante é que ela tome a segunda dose.”


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