07 de dezembro de 2025
OUTRA ESTRATÉGIA

Prefeitura de Goiânia cancela compra de fogos de artifício de R$ 151 mil para espantar urubus

Após polêmica, Sandro Mabel anuncia que rojões serão substituídos por sons de ar comprimido e gravações de águias no aterro sanitário
Intenção é espantar urubus no aterro de Goiânia - Foto: reproducao MPGO / Semad
Intenção é espantar urubus no aterro de Goiânia - Foto: reproducao MPGO / Semad

A Prefeitura não vai mais autorizar o gasto de R$ 151 mil para a compra de 11 mil fogos de artifício destinados a espantar urubus no aterro de Goiânia. Nesta quarta-feira (22), após polêmica sobre a estratégia, o prefeito Sandro Mabel anunciou que a aquisição vai ser substituída por outro método.

Segundo ele, vão ser usados tiros de ar comprimido, através de uma rede que vai simular o mesmo som dos rojões “sem ser necessário o foguete”.

De acordo com o prefeito, a nova estratégia que será adotada também inclui uma gravação do grito ou assobio de uma águia que será reproduzido no sistema de sonorização do aterro. As águias competem por alimentos e por isso são temidas pelos urubus.

“Vamos modernizando essas coisas”, resumiu o prefeito durante entrevista nesta quarta.

Comurg defendeu técnica com rojões

A compra havia sido encaminhada pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), que homologou um pregão eletrônico contratando a empresa ABA Mercantil S/A para o fornecimento dos fogos conforme demanda.

Publicado no Diário Oficial do Município, na edição de segunda-feira (20), o pregão seria para adquirir rojões do tipo 12×1 tiros (12 sinais sonoros regulares e uma explosão maior no fim) com apito.  

A Comurg chegou a sustentar que a opção pelos fogos é uma forma técnica de controle de vetores e pragas “já adotada na rotina operacional de aterros por todo o País, para atender exigências legais, ambientais e sanitárias”. 

Mas a questão é legal. A Lei Estadual 21.657/2021, proíbe a “queima, soltura e manuseio de fogos de artifício e de artefatos pirotécnicos de alto impacto ou com efeito de tiro”, em território goiano. Além disso, a Delegacia Estadual do Meio Ambiente cobrou licenciamento para ação.


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