05 de dezembro de 2025
Assistência Social • atualizado em 14/10/2025 às 12:41

Prefeitura autoriza R$ 3,2 milhões para iniciar reforma de Cras da Vila Redenção após 20 anos de abandono

Estrutura totalmente deteriorada expõe anos de descaso; prefeitura autoriza ordem de serviço de R$ 3,2 milhões, mas valor não cobre nem metade das obras necessárias
Sandro Mabel durante visita ao Cras da Vila Redenção: ordem de serviço de R$ 3,2 milhões marca início da reforma após 20 anos de abandono. Foto: Alatair Tavares/Diário de Goiás.
Sandro Mabel durante visita ao Cras da Vila Redenção: ordem de serviço de R$ 3,2 milhões marca início da reforma após 20 anos de abandono. Foto: Alatair Tavares/Diário de Goiás.

O cenário encontrado no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da Vila Redenção, em Goiânia, é o retrato de 20 anos de abandono. Salas de costura e marcenaria completamente destruídas, quadra e piscina em ruínas, telhados arrancados e paredes depredadas. O espaço que deveria acolher famílias em vulnerabilidade social se transformou em um símbolo do descaso histórico com a política pública de assistência na capital.

Nesta segunda-feira (14), o prefeito Sandro Mabel visitou a unidade e assinou a ordem de serviço para reforma de seis Cras, com investimento total de R$ 3,2 milhões. O valor, no entanto, está longe de ser suficiente. Segundo Mabel, cada unidade receberá apenas R$ 500 mil, quantia que “dá apenas para colocar o prédio minimamente em funcionamento”.

“Nós conseguimos, através do nosso fundo de assistência social, cerca de R$ 3 milhões e meio. Vamos aplicar R$ 500 mil em cada Cras, para colocarmos em funcionamento decente, arrumar as salas principais. Mas, para reformar um Cras de verdade, com menos de um milhão e meio você não faz nada”, afirmou o prefeito.

De acordo com Mabel, o projeto de recuperação dos Cras será executado em etapas ao longo de três anos, conforme novos recursos forem sendo obtidos. “Nós vamos fazer por partes. Depois quero que faça a parte da piscina também, que é uma demanda grande das pessoas idosas aqui, com aquecedor solar direitinho, para que a gente possa devolver à população essas unidades tão importantes”, completou.

Estrutura destruída e equipamentos furtados

As imagens do Cras da Vila Redenção mostram a destruição completa da estrutura física e do patrimônio público. Equipamentos que antes serviam aos cursos profissionalizantes desapareceram. “Aqui tinha 20 máquinas de costura antes da pandemia. Hoje, não tem nenhuma”, lamentou o prefeito.

Mabel disse que a prefeitura busca parcerias e doações para recompor o acervo e garantir o funcionamento das oficinas. “Vamos atrás, comprar, procurar doações, falar com o Senai para ver se há alguma disponível. A dificuldade financeira da prefeitura é grande, mas a vontade nossa é maior do que a dificuldade”, destacou.

24 Cras precisam de reforma em Goiânia

A rede de assistência social de Goiânia conta com 24 Cras, e, segundo o prefeito, todos estão em situação crítica. “Alguns estão melhores, outros piores. Esse da Redenção está muito ruim, mas temos outros em condições ainda piores. Para colocar tudo em ordem, precisaríamos de uns R$ 20 a R$ 30 milhões. Nós não temos isso no momento, mas estamos começando e buscando ajuda em Brasília”, disse Mabel.

O prefeito afirmou que vai se reunir com deputados e senadores para buscar emendas e novos repasses federais que permitam ampliar as reformas. “A porta de entrada para todos os benefícios sociais são os Cras, então eles precisam funcionar. Nós vamos colocá-los de pé e fazer deles um espaço de alegria e instrução para o bairro”, afirmou.

24 Cras precisam de reforma em Goiânia

A rede de assistência social de Goiânia conta com 24 Cras, e, segundo o prefeito, todos estão em situação crítica. “Alguns estão melhores, outros piores. Esse da Redenção está muito ruim, mas temos outros em condições ainda piores. Para colocar tudo em ordem, precisaríamos de uns R$ 20 a R$ 30 milhões. Nós não temos isso no momento, mas estamos começando e buscando ajuda em Brasília”, disse Mabel.

O prefeito afirmou que vai se reunir com deputados e senadores para buscar emendas e novos repasses federais que permitam ampliar as reformas. “A porta de entrada para todos os benefícios sociais são os Cras, então eles precisam funcionar. Nós vamos colocá-los de pé e fazer deles um espaço de alegria e instrução para o bairro”, afirmou.

Falta de continuidade

Ao comentar o estado de abandono das unidades, Mabel afirmou que a situação é resultado direto da falta de investimento das gestões anteriores. “Aparentemente, é isso que aconteceu. Os ex-prefeitos abandonaram a assistência social. O último deixou deteriorar completamente as estruturas, ao ponto de não funcionar. Esse Cras mesmo funciona, mas de forma muito precária, muito aquém do que tem capacidade”, declarou.

O prefeito ressaltou que o objetivo da atual gestão é recuperar o papel dos Cras como centros comunitários ativos, voltados à formação, convivência e inclusão. “Queremos que sejam lugares de alegria para o bairro, com atividades para idosos, jovens e crianças. É isso que um Cras deve ser”, concluiu.


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