A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, afirmou que um dos grandes problemas para o cumprimento da Lei nacional do piso salarial dos professores em Goiás, sobretudo nos municípios, que sofreu reajuste de 13,01% em janeiro deste ano, se dá pela possibilidade de afetar a Lei de Responsabilidade Fiscal.
“Tem sido muito difícil fazer valer essa Lei e estamos sempre em choque com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Os prefeitos se preocupam em cumprir a Lei de Responsabilidade, mas não se preocupam em cumprir a Lei do Piso. Porque os impede de ser candidato à reeleição, e a outra, necessariamente, não”, pontuou.
De acordo com Bia, a classe busca diversos caminhos para tentar “sair do cenário de que valorizar a educação continue sendo utilizado apenas como retórica e não como um fato concreto”. Um dos caminhos é a manutenção das 36 regionais sindicais espalhadas pelo Estado.
“Nossa direção do Sintego é composta de 800 membros. Em cada uma dessas 36 regionais temos uma direção completa que cuida da sua região”, explicou.
Falta de recursos
Para a presidente do sindicato, a desculpa de prefeituras e do governo estadual de que faltam recursos para poder pagar o piso nacional salarial não convence os professores. Na opinião da sindicalista se faltam condições para o pagamento isso se deve a uma falta de “cuidado com a gestão”.
“Não convence e nós temos como provar que não é verdade. A maioria dos municípios precisa fazer melhor cuidado da sua gestão. Quando você vai buscar no Transparência Brasil ou dados do município, verifica-se que aquele município que diz não dar conta de pagar o piso é porque está faltando gestão mais séria”, destaca.
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