22 de novembro de 2024
Destaque • atualizado em 06/03/2021 às 12:29

Prefeitos de Goiânia e região se reúnem para definir novas medidas no enfrentamento à Covid-19; Transporte coletivo pode ser suspenso

Prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, lidera as negociações à respeito de flexibilizações na região metropolitana com outros prefeitos por meio de videoconferência (Foto: Redes Sociais/Prefeitura de Goiânia)
Prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, lidera as negociações à respeito de flexibilizações na região metropolitana com outros prefeitos por meio de videoconferência (Foto: Redes Sociais/Prefeitura de Goiânia)

Os prefeitos da Região Metropolitana de Goiânia estão ao longo da manhã deste sábado (06/03) em reunião por meio de videoconferência, para em conjunto, definir os rumos do enfrentamento à Covid-19 na capital e cidades do entorno. O governador Ronaldo Caiado (DEM-GO) que participou dos encontros que culminaram em um novo lockdown parcial dessa vez não participa pois se recupera de uma infecção urinária e permanece de repouso absoluto.  

Se fazem presentes na reunião os prefeitos de  de Aparecida de Goiânia, Abadia de Goiás, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Goianira, Goiânia, Guapó, Hidrolândia, Nerópolis, Nova Veneza, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis de Goiás e Trindade. Após a reunião, os prefeitos não irão conceder entrevistas mas o secretário de Saúde da capital, Durval Pedroso, conduzirá uma coletiva com veículos de imprensa. O horário ainda não foi divulgado.

Sem Caiado, alguns querem ao menos um representante do Governo Estadual, haja vista que existem algumas delimitações que perpassam a gestão estadual, como o transporte metropolitano e à Metrobus, responsável pela linha do Eixo Anhanguera e que além da Avenida que leva o seu nome, chega à Senador Canedo, Goianira e Trindade. A reportagem do Diário de Goiás apurou que a proposta dos empresários de suspenderem o transporte coletivo por uma semana ganhou corpo entre os prefeitos.

A proposta foi feita pelo presidente da Fecomércio, Marcelo Baiochi e consiste em barrar por uma semana o transporte coletivo em Goiânia. Os proprietários dos estabelecimentos iriam cuidar da logística de ida e volta dos funcionários ao trabalho. “Nós vamos proporcionar aos funcionários que cheguem ao trabalho. Quem tem carro, faz uma rota, e ele faz o transporte e trás os funcionários que estiverem perto. O vale transporte pode ajudar na gasolina. E aquele que não tem como chegar à sua porta, fará o home office. Menor será o prejuízo proporcionar esse transporte, do que continuar fechado, sem poder faturar”, destacou Baiochi em comunicado enviado à imprensa.

A tese dos empresários é que dentro dos ônibus a aglomeração é inevitável e, por isso, o transporte individual seria mais apropriado. Marcelo Baiocchi também destacou que houve a apresentação de um toque de recolher durante a semana e mais rígido aos sábados e domingos. “Nas nossas propostas, temos levado várias sugestões, como o fechamento total das cidades das 22h da noite às 05h da manhã, não funcionar de sábados às 22h até a segunda às 05h da manhã”, pontuou.

Com a proposta, concessões na abertura de alguns serviços não-essenciais seriam promovidas, apesar da preocupação de técnicos da Secretaria de Saúde na capital, haja vista que a ocupação dos leitos de UTI está em 96,17%, mesmo após a implantação de novas salas de tratamento intensivo. A expectativa era fazer a reabertura do comércio se a ocupação estivesse igual ou abaixo de 70%, algo que não aconteceu. 

Ainda ontem (05/03), 11 postos de saúde municipais fizeram a testagem em massa e a taxa de casos confirmados em alguns locais chegou a 24,6%. Os números de testes positivos têm crescido constantemente. Apesar de, tanto Cruz como Mendanha, estarem sempre em diálogo e ouvirem as demandas dos empresários, o cenário é preocupante. 


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