O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, afirmou que avalia de forma positiva a atuação das novas Organizações Sociais (OSs) que assumiram a gestão das maternidades da capital. Ao Diário de Goiás, o gestor municipal disse que as mudanças já resultaram em melhorias estruturais, maior oferta de medicamentos e novos processos de contratação de pessoal.
“Muito bem. Inclusive, hoje eu tenho uma visita em algumas delas. Eu estive, no final de semana, visitando também algumas. E eu avalio bem. Nós temos hoje todos os medicamentos, temos todos os procedimentos. Elas estão fazendo reformas, colocaram camas novas, colocaram… Elas estão acreditando no projeto”, afirmou Mabel.
Segundo ele, as OSs têm demonstrado experiência e compromisso com a qualidade do atendimento. “Nós também estamos entendendo que são pessoas experientes, recontrataram o pessoal, uma boa parte, contrataram novos, já existe um processo seletivo por parte deles. Então, a gente vê a seriedade que está sendo tratada e você vai ver que vai acabar esse problema de maternidade. Chega, não se aguentava mais esse problema”, destacou.
Atualmente, três maternidades estão sob gestão de Organizações Sociais, todas funcionando, segundo o prefeito. “Hoje nós temos três funcionando, as três funcionando bem. Se por acaso alguma não funcionar bem, a gente fica mais fácil de substituir uma do que substituir três. Nós tivemos a coragem de substituir as três em tempo recorde. A Secretaria de Saúde foi bem eficiente, a sua equipe nesse sentido. E o prefeito teve a coragem de dar o estado para se trocar. Na rua, a gente tem que trocar, tem que ter coragem de trocar”, declarou.
Subsídios e limites orçamentários
Mabel também falou sobre os desafios de custeio das unidades de saúde, reconhecendo que a Prefeitura não tem condições de arcar com todos os aumentos. “Não, nós não subsidiamos 80%. É que o valor que foi subido, que se subiu no subsídio, está fora das condições da Prefeitura fazer. Então, as empresas, o investimento que está sendo feito vai ser diluído mais, em mais tempo, para que a Prefeitura continue fazendo. Nós estamos subsidiando só, nesses primeiros oito meses, R$ 231 milhões. É a mesma coisa que o Estado. E nós somos apenas uma Prefeitura. Então, nós temos uma capacidade de investimento limitada”, explicou.
O prefeito ressaltou que, mesmo diante das dificuldades, não houve interrupção nos repasses. “Com toda a dificuldade que a Prefeitura de Goiânia tem, nós não paramos nem um dia de subsidiar. Então, nós subsidiamos 100%, dentro do que está estabelecido. Esse acréscimo é que nós não conseguimos fazer e estamos acertando para que nós possamos alongá-lo no tempo, mais algum tempo, mais alguns anos, um ano, um ano e meio, para que ele continue nessa marcha que nós subsidiamos”, completou.
IMAS e gestão profissional
Outro ponto abordado por Mabel foi a situação do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais (IMAS), que, segundo ele, precisa de uma administração mais profissional. “A Prefeitura está trabalhando todos os dias em contato com o Ministério Público para que a gente possa melhorar o IMAS. Nós vamos fazer uma administração mais profissional no IMAS. O IMAS é trocado de forma amadora. Há muito tempo, tem que parar com isso”, declarou.
De acordo com o prefeito, a atual gestão já iniciou mudanças significativas. “Nós já estamos melhorando, já tiramos muitas despesas que estavam erradas para poder ampliar o atendimento. O atendimento hoje é grande. Nós temos um atendimento oncológico que consome um dinheiro muito grande. Quase 40% do valor do IMAS vai para o atendimento oncológico. Então, nós estamos renegociando e vamos atender o IMAS cada vez melhor”, completou.
Para Sandro Mabel, a modernização da gestão e a atuação das OSs nas maternidades representam um avanço importante na saúde de Goiânia. “Nós tivemos coragem de mudar, e isso mostra seriedade. O objetivo é que a população tenha atendimento digno e que os problemas de maternidade fiquem no passado”, concluiu.
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