05 de dezembro de 2025
ABORDAGEM INCLUSIVA

Prefeito Sandro Mabel abre 2º Dia D da Inclusão em Goiânia com atendimentos especializados

Evento no CMAI Maria Thomé Neto oferece consultas médicas e apoio a alunos com NEE e familiares da rede municipal
Prefeito defendeu mais atenção às crianças com NEE e viés transversal - Foto: Altair Tavares / DG
Prefeito defendeu mais atenção às crianças com NEE e viés transversal - Foto: Altair Tavares / DG

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, abriu nesta sexta-feira (19), o 2º Dia D da Inclusão no Centro Municipal de Apoio à Inclusão (CMAI) Maria Thomé Neto, no setor Nova Suíça. O evento leva atendimento de médicos especialistas em pediatria e psiquiatria para alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE), matriculados nas unidades de ensino da capital e orientação aos familiares.

Nesta edição, estava previsto o atendimento de 50 crianças da rede.

Perfil vai do TEA a crianças com deficiências

O público é formado de alunos com Transtornos do Espectro Autista (TEA), síndromes, surdez/deficiência auditiva, surdocegueira, baixa-visão/cegueira, deficiência física, deficiência intelectual, deficiência múltipla, transtornos funcionais específicos, condutas típicas, altas habilidades e superdotação, entre outros.

O Dia D é uma realização das secretarias municipais de Educação (SME) e Saúde (SMS), com o apoio do Conselho Tutelar e da Secretaria Municipal de Política para as Mulheres, Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh). O Grupo Mulheres do Brasil também é parceira da ação.

Prefeito defende evolução do programa

Mabel celebrou que o atendimento esteja na segunda edição e defendeu a evolução do programa. O prefeito enfatizou a importância de fortalecer unidades que tenham salas que ajudam no desenvolvimento de crianças com NEE, geralmente Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) localizadas nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e especialmente nos CMAIs.

“Eu tenho colocado de uma forma que a escola tenha essa sala de inclusão, uma sala especial para que o aluno possa, na mesma escola, no mesmo turno que ele está, ter esse tipo de aprendizagem, esse tipo de inclusão que é muito importante”, pontuou em entrevista ao jornalista Altair Tavares, editor-geral do Diário de Goiás nesta sexta-feira.

Mabel destacou a importância de uma dinâmica transversal para esse tipo de atendimento especial em unidades da rede municipal de ensino. “Temos a assistência social aqui, temos a saúde e temos a educação. Todas elas trabalhando de forma transversal”, citou apontando o CMAI onde aconteceram os atendimentos da 2ª edição.

Trabalho foca em reduzir “enormes dificuldades”

A gerente de Inclusão, Diversidade e Cidadania da SME, Lianna Gusmão, explica que o atendimento prestado durante o Dia Da Inclusão ajuda a reduzir a “enorme dificuldade” de adaptação das crianças com NEE no universo escolar.

A cada edição, o atendimento é priorizado a 50 crianças com NEE de cada uma das cinco regionais de ensino da capital. Elas fazem parte de um universo de crianças diagnosticadas de quase 7.400. “No entanto, grande parte dessas 7.400, 3 mil já possuem assistência”, assegura Liana.

Falta de suporte em saúde complica aprendizado

Ela observa que as crianças com NEE não conseguem ficar em sala de aula e manifestam dificuldade de aprendizagem acima do que o atendimento normal pode ofertar. “Quando você vai buscar, você percebe que elas estão sem suporte de saúde. Uns têm laudo, estão sem suporte de saúde, e outros nem laudo têm”, justifica.

Para viabilizar os atendimentos, explica ela, foi feita uma triagem de quais crianças têm quadro mais graves, e, portanto, “estão mais vulneráveis hoje na rede, e elencadas 50 primeiras numa leva [de atendimento]”. 

A gerente admite que em torno de 4.000 dessas crianças com NEE na rede municipal estão sem assistência complementar de saúde e assistência social. “Uns têm laudo, outros não. Então, pegamos os mais graves nesse momento e vamos tentar fazer um mutirão. Trazer saúde, trazer assistência social, trazer o conselho tutelar”, exemplifica.

O próximo mutirão desses será na região Noroeste de Goiânia.

A gerente alerta que quando a criança com Necessidades Educacionais Especiais está tratada do ponto de vista de saúde, “ela está pronta para o processo educacional. Não tem como fazer o inverso”.

Ela cita que, tratados e acompanhados adequadamente, esses alunos vão estar prontos do ponto de vista de aprendizagem e podem usufruir com melhor qualidade da educação. “Então conseguem sentar numa sala de aula para atender e receber uma atividade pedagógica. Conseguem ir para o atendimento educacional especializado e permanecer no atendimento e ter atividades profícuas”, detalha. 

Além disso, enfatiza Liana, uma criança doente do ponto de vista psiquiátrico, com transtornos, entre outros males, está em processo de adoecimento, não consegue aprender.


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