A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), realizou na tarde desta terça-feira (15) em Guapó, uma ação de fiscalização. No entanto, o prefeito da cidade, Luiz Juvêncio, impediu que os fiscais estaduais agropecuários fizessem o serviço. No vídeo o prefeito diz: “Aqui na rua quem manda sou eu. Eu sou o prefeito da cidade e eu que fiscalizo aqui. Ambulante aqui quem fiscaliza é a Prefeitura. Aqui tem prefeito e tem a Prefeitura. Vocês podem ir lá para a rodovia pegar galinha. Aqui vocês não mandam, não”.
O presidente da Agrodefesa, Artur Toledo, minimizou enfretamento e as criticas feitas pelo prefeito contra fiscais do órgão, que estavam fazendo uma fiscalização de rotina em empreendedores da cidade. Artur Toledo destaca que os fiscais estavam dentro do competência de fiscalização, uma vez que a Agrodefesa cuida de toda a cadeia produtiva, desde os insumos até a comercialização.
Para o presidente da Agrodefesa, aconteceu um mal-entendido que gerou um mal-estar. Os fiscais pediram aos comerciantes as guias que autorizam a comercialização ou de transporte de produtos, que não foram apresentadas. Toledo ainda informou que os fiscais foram orientados pela Policia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) a registrar um Boletim de Ocorrência e que não foi aplicada nenhuma medida aos vendedores.
“O que eles iam fazer ali era uma advertência ou uma multa no valor máximo de R$ 250, mais nada disso foi realizado”, explicou Artur Toledo.
Na tarde desta quarta-feira a Agrodefesa divulgou nota esclarecendo que a fiscalização tem o objetivo de “proteger a saúde humana, na produção de alimentos saudáveis e seguros, bem como a sanidade dos rebanhos e das lavouras e, por consequência, a saúde financeira dos empreendedores, produtores, industriais, comerciantes e do Estado”.
O órgão ressaltou que nunca será “empecilho para o comerciante, empreendedor ou para o produtor”. “Os fiscais estavam em pleno exercício de sua função, realizando muito bem seu trabalho. São profissionais que buscam sempre a regularidade nestas situações”, diz a nota.
Leia a nota na íntegra:
Em uma ação de rotina de fiscalização sanitária, no município de Guapó, na tarde da última terça-feira (15), Fiscais Estaduais Agropecuários foram hostilizados em pleno exercício de suas funções. É importante esclarecer à sociedade que este é um trabalho feito pela Agrodefesa no Estado com o intuito de proteger a saúde humana, na produção de alimentos saudáveis e seguros, bem como a sanidade dos rebanhos e das lavouras e, por consequência, a saúde financeira dos empreendedores, produtores, industriais, comerciantes e do Estado.
Outro aspecto é a importância da cadeia produtiva de citrus para Goiás. Independentemente da quantidade do produto fiscalizado, há possibilidade de um risco sanitário que comprometeria uma cadeia produtiva que gera hoje receita direta aos produtores de R$ 330 milhões, milhares de empregos, e continua em franco crescimento. A fiscalização de frutos e plantas se faz necessária já que, a partir desses produtos, nós poderemos ter a entrada de pragas e doenças que podem tirar do Estado o status de área livre de Greening (HLB), Canco Cítrico e, na maioria dos municípios, de Pinta Preta. Em alguns casos, nós poderíamos até ter a possibilidade de erradicação total de pomares por conta das pragas.
A Agrodefesa jamais será empecilho para o comerciante, empreendedor ou para o produtor. Este é um projeto de responsabilidade compartilhada nas cadeias produtivas. Os fiscais estavam em pleno exercício de sua função, realizando muito bem seu trabalho. São profissionais que buscam sempre a regularidade nestas situações. A comercialização destes produtos, no que se refere à defesa sanitária vegetal, o empreendedor deve apresentar o certificado de origem desses produtos. É importante que todos que movimentam essas cargas estejam regularizados, para que tenham tranquilidade para comercializar seus produtos. São documentos simples, que são tirados dentro das unidades locais da Agrodefesa. Todos estes cuidados e estas medidas nos possibilita comercializar produtos de origem animal e vegetal em todo o Brasil e para fora do país. Isto contribui para o superávit da balança comercial de Goiás e para fortalecimento de nossa economia. Certamente esta é uma das grandes conquistas do Governo de Goiás e da sociedade goiana.
Veja a reação dos prefeito
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