O prefeito do município de Edealina, João Batista Gomes Rodrigues (PTB), continua preso por suspeita de peculato. Policiais flagraram um caminhão da Prefeitura de Edealina transportando areia e cimento para a fazenda do prefeito, situada no vizinho município de Pontalina. O motorista do caminhão informou que fazia o transporte do material a pedido do prefeito. João Batista foi autuado pelo titular da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap) Abadio Souza e Silva, e foi preso na prefeitura da cidade. De acordo com o delegado a prisão foi resultado de investigação que partiu de denúncia popular.
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“Ele foi preso em flagrante. Já havíamos recebido denúncias de uso de maquinário público por parte de diversas prefeituras goianas e resolvemos investigar lá em Edealina. Quando chegamos detectamos um caminhão do município transportando areia. Acompanhamos e vimos que a areia foi descarregada na fazenda do prefeito”, afirma o delegado.
De acordo com o policial, há uma lei federal que veda o uso de maquinários por parte do prefeito. O gestor durante depoimento não negou que havia usado o veículo da prefeitura para fazer o transporte do material de construção. Porém ele alegou que o motorista errou de local, que deveria ter levado areia e cimento para outro local, ao que tudo indica também de propriedade do prefeito.
Processo
O gestor foi levado para o complexo das delegacias especializadas na Cidade Jardim em Goiânia. Segundo o delegado, o prefeito está à disposição do poder judiciário e depende de uma decisão de um desembargador para saber se João Batista permanecerá preso ou se responderá em liberdade.
“O prefeito está à disposição do poder judiciário. Por ser prefeito, o foro dele é privilegiado no Tribunal de justiça que já foi comunicado do fato. Vai depender do desembargador do processo se vai manter ou não ele preso, concedendo liberdade provisória com ou sem fiança. Ele vai ficar a disposição do poder judiciário e será levado para onde o desembargador mandar. Ele está no complexo das delegacias especializadas” explica o delegado.
Abadio Souza ainda destacou que não teme perseguições políticas e que segue investigando supostas irregularidades de uso de bens públicos em outros municípios. O delegado declarou que não teme perseguições políticas.
“Se caracterizar flagrante, vamos prender. Se a denúncia chegar ao nosso respeito, nós atuaremos adotando medidas cautelares”, afirma.
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