10 de agosto de 2024
Leandro Mazzini

Prefeito doou R$ 3,1 milhões para time que dirige, ligado a senador

Uma prova de que mandatários e cartolas tabelam no gramado com jogadas suspeitas. O então prefeito de Nova Serrana (MG) em 2011, Paulo César Freitas (PDT), avalizou doação de R$ 3,1 milhões para o Nacional Futebol Clube, cujo grande ‘incentivador’ é o amigo, aliado e senador Zezé Perrella (PDT-MG). O convênio, não divulgado e sem aval da Câmara de Vereadores, autorizou repasses mensais dos cofres públicos para o clube que hoje tem como presidente de honra e mandachuva o próprio Paulo César. O time acaba de estrear na 1ª Divisão do Campeonato Mineiro. Após vários contatos da Coluna, o ex-prefeito não explicou o convênio e não atendeu mais as ligações.

Tudo em casa

O time já possuía em Nova Serrana estádio construído com verba de emenda de bancada (R$ 30 milhões), liderada pelo senador Perrella, que alega não ter ligação com o clube.

Voando alto

A ligação entre eles é tão latente que o estádio foi batizado de Zezé Perrella. O senador, cartola do Cruzeiro, cedeu jogadores e até emprestou helicóptero para o cartola aliado.

Passe certeiro

O contrato, de posse da Coluna, tem assinatura do então prefeito e comprova repasses de até R$ 270 mil para o clube, entre Janeiro de 2011 a Dezembro de 2012.

Estrangeiros’

Após perder a prefeitura em 2012, Paulo transferiu em 2013 o time para Muriaé (MG), onde alugou o estádio do clube homônimo. Leia detalhes e provas no site da Coluna.

Os milhões da Infraero

A Infraero, mesmo com a iminência das concessões, pagou estratosféricos R$ 16,2 milhões para Vicente Falconi esboçar a reestruturação da estatal, apesar de a empresa contar com quadros na Diretoria de Administração capazes de elaborar o plano. As maiores mudanças serão de Março a Setembro. Falconi previa corte de custos e enxugamento de quadros. Mas a diretoria chiou e haverá apenas perdas de funções.

Custos

No plano, apresentado duas vezes à diretoria, Falconi cobrou R$ 5,9 milhões (Reorganização Administrativa), R$ 5,3 milhões (Gerenciamento de Projetos), R$ 2,5 milhões (Redução das Despesas) e R$ 2,4 milhões (Aumento de Receita).

Apagão ou falha?

Queimaram os ouvidos do ministro Edison Lobão ontem com o apagão que atingiu vários Estados. A presidente Dilma, possessa, não quer saber disso em véspera de Copa e eleições. A ordem no governo é falar em ‘falha’, diferente do racionamento do governo FHC… Mas uma coisa é igual: incompetência energética!

Calote

Um figurão da sociedade paulistana deu calote de R$ 1.409 no famoso Rubayat dos Jardins. À ocasião, disse que esquecera os cartões e ‘pendurou’. Há meses a nota está lá.

Rumo ao Paraná

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, prepara o secretário-executivo Genildo Lins, para substituí-lo, mas só depois da reforma ministerial. Ele não quer deixar a pasta entrar no jogo partidário de PT x PMDB.

Vista grossa

Apesar da gritaria das bases, o PMDB – um partido municipalista – deve fazer vista grossa no Congresso na análise do veto da presidente Dilma à criação de 188 novos municípios, diz o líder no Senado, Eunício Oliveira (CE).

Dois pesos

A frente de prefeitos de capitais é contra, lembra o senador, e a proposta ‘é muito ampla’, deve ser melhor discutida. Ou seja, recriada e começar do zero. Mas ele avalia ser necessária: ‘Há distritos hoje maiores que as cidades. No Ceará tem um caso’.

Meu paizão

A filha de Dimas Toledo, ex-presidente de Furnas, é um fenômeno profissional na estatal. É a engenheira civil Fabiana Toledo, aprovada em 2º lugar num concurso há três anos – havia duas vagas para Técnico em Comercialização de Energia.

Segue..

Há um ano, foi criada a diretoria de Novos Negócios, e a moça, alçada a assessora especial. Agora que a patroa saiu, a Toledinha tornou-se chefe do departamento.

Vida boa

Servidores do TCDF iniciaram campanha pela demissão do conselheiro Domingos Lamoglia. Empossado em 2009, só trabalhou 3 meses, e desde então está afastado, porém recebendo, porque é alvo da Justiça no esquema do Mensalão do DEM.

Ponto Final

Piada em Brasília: Acabou a Operação Tartaruga da PM. Agora é que não aparece nenhum policial nas ruas.

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Com Luana Lopes e Equipe DF e SP


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