Mesmo ainda vivenciando uma crise financeira grave, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, se mostra otimista em relação às contas da administração e aposta que, até o fim do ano, a prefeitura não tenha déficit fiscal. Em entrevista à Rádio CBN nesta quarta-feira (21), ele afirmou que a equipe já tinha um diagnóstico, ainda na campanha de 2013, que mostrava a necessidade de uma readequação da máquina e para uma “gestão fiscal sustentável”.
“Tudo o que está no Plano de Governo está sendo feito. Devemos atingir o déficit fiscal zero em dezembro deste ano”, decretou, ao ser entrevistado pelos jornalistas Luiz Geraldo e Fabiana Pulcineli.
O prefeito afirmou que a situação financeira da capital não é atípica, mas “comum a mais de 90% dos municípios brasileiros”. Ele lembrou que os impostos devidos por contribuintes, alguns já ajuizados, poderiam garantir um cenário diferente. “Se nós tivéssemos acesso a 5% dessa receita, seríamos a única capital brasileira que não teria dívida de curto prazo”, comentou, para completar: “Temos certeza de que vamos terminar o mandato deixando para o nosso sucessor uma gestão impecável do ponto de vista econômico”.
Folha em crescimento
Paulo Garcia ainda afirmou ter “uma missão histórica”, que, na opinião dele é a de reestruturar a gestão administrativa da prefeitura de Goiânia. O prefeito, que sucedeu o aliado Iris Rezende (PMDB), fez questão de frisar que não critica os antecessores, mas que a realidade agora é outra.
Ele refutou as afirmações de que a folha de pagamento poderia ser enxugada apenas com a demissão de comissionados, que definiu como “falácia”. Segundo o prefeito, o crescimento dos gastos se deve a contratação de servidores na saúde e na educação, “concursados e efetivos para abrir as novas unidades”. “Não existe estrutura pública no Estado de Goiás com tão poucos comissionados”.
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