27 de dezembro de 2024
Cidades • atualizado em 12/02/2021 às 16:13

Prefeito deve revisar flexibilização no horário de bares e restaurantes após o carnaval, afirma presidente da Fecomércio-GO

Baiocchi, presidente da Fecomercio, propõe escalonamento regional para Goiânia
Baiocchi, presidente da Fecomercio, propõe escalonamento regional para Goiânia

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos-GO), deve avaliar a flexibilização no horário dos bares e restaurantes após o feriado do carnaval. Segundo o presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiochi, houve uma conversa entre ele e o chefe do município na última terça-feira (09/02) e o republicando garantiu faria uma revisão após avaliar sobre a situação da cidade com relação aos leitos de UTI e enfermaria para a Covid-19. A informação foi dada em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta sexta-feira (12/02).

Baiocchi disse que na conversa viu um prefeito sensibilizado com o pedido dos donos de bares e restaurantes, mas que era necessário fazer uma nova avaliação com a situação da Covid-19 no município. “O prefeito está sensibilizado e prometeu na semana seguinte ao carnaval fazer uma avaliação de como está esses leitos e se a gente consegue ampliar o horário de funcionamento”, destacou. 

Segundo Marcelo, o que preocupa o prefeito não é a situação da capital, mas de cidades do interior que enviam pacientes para tratamento em Goiânia. “O que ele justificou é que os índices de ocupação dos leitos, não pelos pacientes de Goiânia, mas do interior, tem crescido e daí a preocupação dele de estar ampliando o horário”, pontuou.

Não-flexibilização deixou dono de bares irritados

Quando o prefeito Rogério Cruz impôs o fechamento de bares e restaurantes às 23h no dia 27 de janeiro, os donos de bares e restaurantes ficaram irados e por meio do Sindicato dos Bares de Goiás (Sindibares-GO) e da Associação de Bares e Restaurantes de Goiás (Abrasel-GO) fizeram solicitações para que o horário pudesse ser estendido para meia-noite. “Estamos aguardando para ver se conseguimos uma agenda com ele [prefeito], no intuito de achar um outro caminho que não seja esse de fechamento às 23h porque a gente entende que ficou pior do que o decreto do governador”, destacou Frederico Costa, diretor executivo da Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes – Goiás (Abrasel-GO) ao Diário de Goiás, no dia 28 de janeiro.

A conversa veio, o prefeito ouviu a demanda e houve a expectativa de que a solicitação dos estabelecimentos pudesse ser atendida. “Estarei numa reunião com o secretário de Saúde juntamente com o pessoal do COE, para decidirmos e alinharmos tudo isso, baseado no Ofício do pedido da Fecomércio que é se houver possibilidade aumentar os horários para as 00h”, pontuou Rogério Cruz no dia 1º de fevereiro em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia. 

O otimismo dos bares e restaurantes ganhou ainda mais corpo após o Comitê de Operações Emergenciais da Prefeitura de Goiânia ter dado o aval para a mudança. A expectativa era que um decreto fosse publicado no dia 4 de fevereiro e que naquele dia os bares e restaurantes pudessem funcionar no novo horário. “Estamos aguardando que seja divulgado hoje (quinta-feira, 4), nas próximas horas, no Diário Oficial, para que possamos trabalhar nesse novo horário a partir da noite de hoje. Estamos esperançosos que o governo coloque a mão na consciência. O setor não é o responsável pelo repique da covid-19 e não podemos pagar essa conta sozinhos”, disse Newton Pereira, presidente do Sindbares.

O decreto foi publicado, mas foi uma verdadeira água no chope para os representantes e donos dos estabelecimentos. Sem a flexibilização no horário dos bares e restaurantes, o texto ampliava apenas o horário das distribuidoras de bebidas e lojas de conveniência, que agora fecham às 23h. Antes, tinham de descer suas portas às 20h. Os donos dos bares e restaurantes ficaram frustrados.

“Foi frustrante, com certeza. Estamos numa situação onde tinha uma posição dada pelo prefeito, inclusive, na sexta-feira juntamente com ele, o Sindibares, Abrasel e outros representantes. E ele demonstrou que ia seguir as orientações do COE principalmente. Só que vimos isso de uma maneira contrária”, destacou Frederico em entrevista ao Diário de Goiás no dia 05 de fevereiro. 

Mais tarde, naquele mesmo dia, o Sindibares e a Abrasel anunciaram que 500 vagas de trabalho que estavam abertas seriam suspensas e mais de 6 mil funcionários deveriam ser dispensados nos próximos dias.


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