O Ministério Público do Estado de Goiás está investigando denúncias de assédio sexual cometidas pelo prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin (PSD), contra pelo menos sete mulheres que trabalharam na Prefeitura do Município. Os abusos teriam acontecido nos últimos cinco anos. As denúncias estão em uma investigação sigilosa.
De acordo com a TV Globo do Distrito Federal, um grupo de pelo menos sete mulheres de funcionárias e ex-servidoras da Prefeitura sofreu assédio do prefeito. Uma delas relatou que foi assediada no carro.
“No caminho, quando comecei a falar, ele colocou a mão na minha perna, começou a apertar, começou a falar que eu era gostosa, começou a falar coisas que eu não gosto de me lembrar. Eu fiquei paralisada e ele começou a gritar comigo, dizendo que não estava fazendo nada demais. Que eu era besta, que eu era boba, que eu tinha que pensar mais sobre o assunto”, relatou uma ex-funcionária da administração.
Outra ex-servidora conta que sofreu uma investida dentro da sede do Executivo. “Na Secretaria de Finanças, ele fecha a porta e avança para me beijar. Eu paralisei e depois quando eu vi aquilo, eu disse: “quê isso que tá acontecendo”. E ele: “não tá acontecendo nada, por que é que você tá nervosa?” E aí ele distorce a conversa e asituação como se aquilo não fosse nada”, afirma.
O prefeito alega que não foi notificado das acusações, no entanto, ele já chegou a registrar um boletim de ocorrência por “falsa acusação de crime” contra vereadores da oposição. Em justificativa ele afirma que vem sofrendo perseguição política num movimento que quer tirá-lo do poder e manipular o resultado das próximas eleições.
Em resposta às alegações de Tormin, vereadores como Télio Rodrigues (PSDB), foram à tribuna da Câmara Municipal para repudiar os possíveis atos do prefeito e tambémse defender das acusações dele. “O prefeito usou a instituição Polícia Civil para tentar, de forma astuta, reverter uma situação que pesa sobre seus ombros”, disse.
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