12 de setembro de 2024
Desdobramentos • atualizado em 29/11/2023 às 12:10

Prefeito de Iporá recebe alta médica e é indiciado por tentar matar ex com mais de 15 tiros

Em meio aos acontecimentos, Câmara Municipal de Iporá nega orientação do MP e e vice-prefeita, Maysa Cunha não assume Prefeitura.
Além das tentativas de homicídio, Naçoitan também deve responder por porte ilegal de arma de fogo, fraude processual e furto. (Foto: Reprodução).
Além das tentativas de homicídio, Naçoitan também deve responder por porte ilegal de arma de fogo, fraude processual e furto. (Foto: Reprodução).

O prefeito de Iporá, Naçoitan Leite (sem partido), recebeu alta da unidade de saúde na madrugada desta última terça-feira (28) e voltou ao presídio da cidade, segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária. Ainda na terça ele foi indiciado por tentar matar a ex-mulher e o atual namorado dela.

Segundo a Policia Civil, Naçoitan também deve responder por porte ilegal de arma de fogo, fraude processual e furto. Segundo o delegado responsável pela investigação, Igor Dalmy, as provas da tentativa de feminicidio e homicídio são explícitas. Ainda não foi possível calcular o total de disparos efetuados, mas a Policia Civil informou que foram pelo menos 15.

A corporação também irá apurar se o prefeito teve uma rede de apoio durante os quatro dias em que esteve foragido. Após o crime, Naçoitan foi até um hotel na cidade, onde morava desde a separação. Imagens de câmeras de segurança mostram o prefeito colocando as armas de fogo sobre o balcão de atendimento do local.

Pedido do Ministério Publico não é acatado

O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) recomendou ao presidente da Câmara Municipal de Iporá, Adriano Sena Silva (MDB), que dê posse “imediata” à vice-prefeita do município, Maysa Cunha (PP). Porém, a Câmara rejeitou a recomendação.

A motivação dos vereadores seria de que a Lei Orgânica Municipal não exige uma motivação para a ausência do prefeito por até 15 dias, e que esse prazo ainda não expirou. Ou seja, mesmo após o pedido de impeachment, Naçoitan ainda possui o cargo como prefeito e conta com o apoio de 10 dos 13 vereadores.

“Assim que completado esse prazo com a persistência da situação, e havendo a legal provocação e indicação da competente Propositura Regimental, será convocada Sessão Extraordinária para apreciação do afastamento do atual prefeito, que, se aprovado será a vice-prefeita empossada”, pontua o presidente da Câmara dos Vereadores do município, Adriano Sena Silva (MDB), por meio de um oficio.

Mesmo preso, Naçoitan ainda publica atos normativos do Poder Municipal. Inclusive, na última terça-feira (28)um despacho que teria sido veiculado aprovou a redução da jornada de trabalho na Prefeitura e órgãos públicos do município.

Em pronunciamento a vice-prefeita do município, Maysa Cunha (PP) disse na última terça-feira (23) em suas redes socias: “Estou preocupada com a continuidade do serviço público”. Até o momento ela ainda não se pronunciou sobre a decisão da Câmara.


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