O prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal, e o ex-secretário de Saúde do município, Luciano Silva Filho, foram acionados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) por autorizarem o pagamento de propagandas institucionais que noticiaram uma parceria público-privada voltada à construção de 20 leitos de UTIs.
Segundo as propagandas e entrevistas concedidas pelos réus, a parceria seria para a construção de 20 leitos de UTI, sendo 10 exclusivamente para pacientes do SUS, em que o município arcaria com gastos mensais de R$ 400 mil. No entanto, de acordo com a apuração MPGO, a possível parceria que seria feita com o hospital particular Nossa Senhora Aparecida não foi negociada.
A direção do hospital informou ao MPGO que as UTIs que estão sendo construídas na unidade foram projetadas para serem destinadas à iniciativa privada. De acordo com o hospital, também não existe nenhum contrato ou convênio entre a unidade de saúde e o município de Caldas Novas, além da prefeitura não destinar nenhum recurso para a construção dos leitos ou para a compra de aparelhos.
Para os promotores de Justiça Pedro Eugênio Benatti, Rafael Machado de Oliveira e Cristhiano Menezes Caires, responsáveis pela ação, a resposta do hospital, somada ao teor das entrevistas pelo prefeito e pelo ex-secretário, exaltava a figura dos gestores. “Demonstram que os réus, além de mentirem ao alardear a participação do município na construção da UTIs, agiram para fins de autopromoção de causaram prejuízos ao erário”.
Os promotores pedem o bloqueio dos bens dos réus no valor de R$ 277.126,95 e que eles se abstenham de divulgar ou mencionar em qualquer meio, qualquer notícia sobre a construção dos leitos de UTI.
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